900 formadores do IEFP vão ser despedidos pelo Governo

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é um Instituto Público que, conforme o próprio nome indica, deveria ter por missão promover o emprego e a formação. No entanto, o IEFP tem vindo a ser sucessivamente esvaziado de funções, sendo nada mais do que uma sombra muito esbatida do que deveria ser.
No que concerne à situação profissional dos seus trabalhadores, há ilegalidades para todos os gostos no IEFP: falsos recibos verdes, pessoas que foram obrigadas a constituírem-se como empresas para poderem continuar a trabalhar, trabalhadores recrutados através de empresas de trabalho temporário, estágios…
A esmagadora maioria da formação do IEFP é ministrada por formadores contratados a falsos recibos verdes. Esta situação arrasta-se há anos e nunca foi regularizada com contratos de trabalho, como seria de esperar, uma vez que estas pessoas exercem funções permanentes, estão inseridos numa equipa, têm hierarquia e horário de trabalho efinido.
Os sucessivos Governos optaram por não regularizar esta situação profisisonal dos formadores. Mas eis que agora, a bizzaria acontece: o Governo abriu esta semana um concurso para colocação de cerca de 900 formadores no IEFP. Mas não é um concurso normal; é um concurso que durou três dias (19, 29 e 21 de dezembro), ao qual concorriam em primeira prioridade os professores com vínculo ao Minustério da Eduação, ou seja, os professores com horário zero. Nas prioridades seguintes, concorrem todos os outros.
Havendo colocação de professores com horário zero, estes têm direito a contrato de trabalho, como decorre da sua situação contratual e como deve ser. Os formadores que forem colocados, ficam a recibos verdes!
Este concurso é uma vergonha: encerra em si toda a desfaçatez, a falta de princípios e de respeito pelas pessoas com que este Governo encara o trabalho.







• Um professor ensina-lhe o que é um peixe (conhecimento conceptual);
• Um formador ensina-lhe como pescar (habilidades técnicas);
• Um treinador motiva-lhe a pescar (empoderamento).
É notório que o objetivo não é o mesmo em cada uma das frase para ser boas frases para distinguir as várias modalidades.
Em qualquer das modalidades é essencial motivar o aluno
Objetivo: Aprender a pescar
Um professor ensina-lhe o que é um peixe, o que é a cana, quais são as razões que levam um determinado o peixe a ir a determinado isco, a influência das várias variáveis que podem influenciar o desempenho. Explicam algumas técnicas como exemplo de aplicação dos conceitos. Fazem algumas demonstrações. Objetivo: Colocar o aluno pronto a resolver novos problemas se surgirem … pois aprendeu conceptualmente o problema.
Um formador ensina-lhe várias técnicas existentes com uma explicação mais simples, muitas vezes baseada na experiência e senso comum do próprio professor. Objetivo: O aluno aprender as técnicas mais usuais e eficientes para resolver as situações mais comuns.
Um treinador tem como objetivo o aprimorar de algumas técnicas. Objetivo: Aprimorar ao máximo determinadas técnicas em termos de execução.
Conceptualmente (compreensão do problema e resolução de novas situações):
1 – Professor
2 – Formador
3 – Treinador
Aprimorar Técnicas:
1 – Treinador
2 – Formador
3 – Professor
Tempo despendido – tempo necessário para alcançar o objetivo:
1 – Professor – Treinador
2 – Formador