A administração do CHO reconhece que os 180 trabalhadores precários em luta deviam ser integrados nos quadros do Centro Hospitalar

14567961_580288852156150_4951325193173033138_nA onda de solidariedade com os precários do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que trabalham nos hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, não pára de crescer. Depois de muitas ações de denúncia protagonizadas pelos Precários do CHO, recentemente surgiu também o apoio público da Câmara Municipal de Torres Vedras, que direcionou um ofício ao ministro da saúde apelando ao enquadramento destes trabalhadores nos quadros do CHO. Após uma visita da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que reuniu com os trabalhadores, também o Conselho de Administração do CHO veio a público reconhecer que estes deviam ser enquadrados nos quadros do Centro Hospitalar. Estes apoios juntam-se a muitos outros. Relembramos que os grupos parlamentares do PCP e BE já fizeram várias questões ao Governo, que a assembleia municipal das Caldas da Rainha aprovou por unanimidade uma moção de solidariedade e que a Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis já questionou o Ministério da Saúde, não tendo ainda obtido resposta.

É por demais evidente, que a condição de precariedade a que os 180 trabalhadores precários do CHO estão submetidos resulta de uma negociata entre uma empresa intermediária e o Estado, que permite a captura de uma parte dos salários destes trabalhadores e é danosa para a sociedade como um todo. Degradam-se os serviços prestados aos utentes e a prejudica-se a qualidade de vida dos trabalhadores do CHO. Alguém ganha com esta situação, mas certamente não são os utentes nem os trabalhadores.

Continuaremos a acompanhar e apoiar a luta destes trabalhadores, em defesa dos seus direitos e de um SNS de qualidade. Este é um exemplo de luta que nos deve encorajar a todos, em especial a muitos outros precários que suportam o SNS um pouco por todo o país e que necessitam de denunciar a sua condição e lutar pelos seus direitos.

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Declarações de Carla Jorge, porta-voz dos Precários do CHO aqui

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