A crise ao som da vuvuzela
Em pleno campeonato Mundial, a crise continua… o emprego continua a cair em Portugal, no conjunto dos países da UE, foram destruídos cerca de 455 mil postos de trabalho, um retrocesso de 0,2 por cento face ao quarto trimestre de 2009. A alimentação e os medicamentos são os principais alvos de corte nos gastos das famílias portuguesas por causa da crise, que tentam manter a aparência do seu estilo de vida, preferindo pôr em causa desta forma a sua própria saúde, é a pobreza envergonhada!
O líder do PSD, Passos Coelho, “preocupado” com a taxa de desemprego, continua com a sua missão de flexibilização do emprego e desemprego, com a premissa/chantagem de que é melhor existir trabalho sem qualquer segurança e precário do que estar desempregado. Mais grave ainda, Passos Coelho quer o fim da limitação dos contratos a prazo – na última revisão do Código do Trabalho foi definido um limite máximo de três anos para a contratação não definitiva – ou seja, se isto for para a frente, os trabalhadores (as) podem ser contratados a prazo toda a vida para a mesma empresa! De certa forma isto já acontece através das Empresas de Trabalho Temporário (ETT).
PS e PSD durante o PEC também querem riscar feríados do calendário até 2013, para que não haja a tentação do lazer interferir com a produtividade dos portugueses (as).
O “masoquismo” europeu pela imposição dos vários planos de austeridade através de políticas recessivas para controlar o défice orçamental continua. A Grécia continua na mira dos abutres, a Mooddy’s voltou a descer o rating da Grécia, colocando-a num nível de classificação de risco elevado. A Espanha admite dificuldades no mercado interbancário, a UE em conjunto com o FMI fazem sempre questão de relembrar que estão sempre disponíveis a prestar auxílio aos países que necessitem ajuda, países esses dos quais Portugal também faz parte.
E assim continua a crise, mas agora ao som da vuvuzela!!






