A justiça social de Pedro Mota Soares (CDS) e Marco António Costa(PSD)

Marco António Costa – SecEstado
Marco António Costa, Secretário de Estado da Solidariedade Segurança Social, ensaia o mesmo discurso do seu chefe, o Ministro Pedro Mota Soares. Por estes dias ensaiam rigor na recuperação de supostas prestações indevidas pagas pela Segurança Social. Não explicam porque motivo essas prestações foram pagas e porque houve tamanho erro (novamente). Aquilo que ambos oferecem, com o rigor da política de direita agressiva, é a demagogia que divide os pobres dos outros ainda mais pobres, dos euros que tira a uns para fazer a “justiça social a quem mais precisa”, também pobres.  
Pedro Mota Soares – Ministro
O que Marco António Costa (PSD) e Pedro Mota Soares(CDS) não dizem é que as divídias de contribuintes à Segurança Social são mais de 5 mil milhões de euros, quase totalmente serão de empresas e empresários impunes. Os dois responsáveis não dizem também porque motivo mandam executar a perseguição fanática aos trabalhadores precários a falsos recibos verdes permitindo que mais uma vez os patrões não contribuam para o sistema, continuando impunes.
Mas vale a pena observar os dados concretos, que permitem uma visão sobre a dimensão da fraude política que representa o plano de divisão e estigmatização, suposto “rigor”, de Pedro Mota Soares e Marco António Costa.

O tão falado RSI, sempre usado no argumentário da “ética social na austeridade” é o programa de suporte social mais fiscalizado de que há memória. Envolve contratos programa, levantamento do sigilo bancário, inspecção da vida e opções dos mais pobres dos pobres. O nível de fraude é inferior a qualquer nível quando comparado com contratação pública (lembrar submarinos de Paulo Portas). 40% dos beneficiários do RSI são crianças. O RSI representa menos de 2% da despesa da Segurança Social. A despesa em RSI baixou 22,5% entre o fim de 2010 e 2011.
A justiça social de Pedro Mota Soares e Marco António Costa é esconder que as prestações sociais representaram em Outubro de 2011 (face a 2010), menos 201,3 Milhões de Euros, mesmo com o desemprego e a pobreza a aumentarem.
O Abono de Família absorve apenas 3% da despesa da Segurança Social, ainda assim, os governos de Sócrates, Passos Coelho e Mota Soares cortaram estes contratos de apoio às famílias em 33,1% entre 2010 e 2011.
O Subsídio e Complemento de Doença representa 2,0% da despesa efectiva do sistema de Segurança Social, foi cortado em 1,9%.
Os Subsídios de Desemprego e Social de Desemprego, e apesar do desemprego dramático e galopante em Portugal, foram roubados em 8,3% de 2010 para 2011, mesmo sendo prestações de origem contributiva.  Estes apoios representam 9,3% da despesa total e efectiva da Segurança Social.
As despesas com as prestações de Acção Social desceram em valores absolutos de 34,9 Milhões, baixando 2,7% em relação a 2010.
A demagogia que ataca e divide os que trabalham ou precisam da Segurança Social é protegida pela falta de divulgação da informação disponível. Divulga este texto… complementa-o, e vence a estratégia de divisão e ataque de Pedro Mota Soares e Marco António Costa.
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