A letter to Greece: Forward to the Future!
Tomorrow you will vote for Greece’s government. Tomorrow you will vote for Greece. Tomorrow you will vote for all of Europe – the countries under troika’s boots, and the one’s that will follow them on the austeritarian path, with or without ‘aid’. Tomorrow you will vote for the future. Yours and ours.
The pressure keeps mounting. Spain’s ransom by the IMF is just the latest one. More will follow. We’re all in the same boat. Ireland wasn’t Greece, and then Portugal wasn’t Ireland, Italy wasn’t Portugal, Spain wasn’t Italy, but in the end we were all everyone else. We were and more than ever are all together, trapped in the fierce grasp of extremists that fancy themselves rather modern, when they actually could have come and talked straight out of a slave boat or a 19th century smoke-filled sweat-shop.
Tomorrow you will vote for yourselves, and you will vote for us. They may keep pressuring you, blackmailing you and telling you that you should be afraid of the future. They tell us the same things. And like they say to you, they repeat daily that it’s all our own fault, that we’re not only lazy, but that we’ve led luxurious lives and that the time has come for us to pay. Like they keep trying to convince us, they tell you that you need to suffer trials and hardship for many years to come, that you will need to destroy your country in order to keep ‘business as usual’. But business isn’t ‘as usual’ any more. Business has gone to hell. In their ideological frenzy, they’ve destroyed your economy while telling you they were fixing it. They’re destroying ours as well. In their fanatical frenzy, they’re destroying your democracy. They’re destroying ours too. But there is hope. You bring us hope. Your ballots are for us like the lanterns of the asturian miners in Spain that light up the streets of León. You are the hope we need, and we promise to stand by you. Our nationalities are irrelevant. We share a common situation, a common notion of justice, of truth, of peace, a common idea. We are one class, one people – we are The People. We will stand by you as you would stand by us. We will not be led peacefully to the slaughterhouse, we will not give up, we will not give in. We know you won’t either.
We urge you to break the shackles that confine Europe, to shed a light on these darkest of days most of us have ever seen. The people in Greece have seen and suffered by their own experience the results of IMFs, ECBs, ‘structural reforms’, ‘competitiveness’, ‘flexibility’, ‘order’, ‘austerity’. They are new words for old meanings. They represent a major civilizational setback that not only lowers people’s living standards but outright destroys their lives and annihilates them. The time has come to respond. The time has come for hope and change. Change has already occurred in Greece. Things will never be quite the same. For us as well. History is now being made. Let us all be the craftsmen and craftswomen of our lives. Vote against fear, against defeat and against a cowardly mouldy past – Onward to the future.
Precários Inflexíveis
Tradução
Um carta para a Grécia: Em frente para o Futuro!
Amanhã votarão para o futuro governo da Grécia. Amanhã votarão pela Grécia. Amanhã votarão por toda a Europa – os países sob as botas da troika, e os que os seguirão no trilho austeritário, com ou sem ‘ajuda’. Amanhã votarão pelo futuro. Vosso e nosso.
A pressão continua a aumentar. O resgate da Espanha pelo FMI é apenas o mais recente. Outros se seguirão. Estamos todos no mesmo barco. A Irlanda não era a Grécia, e depois Portugal não era a Irlanda, a Itália não era Portugal, a Espanha não era a Itália, mas no fim éramos todos iguais aos outros. Éramos e cada vez mais estamos todos juntos, presos na armadilha feroz de extremistas que se consideram modernos, quando na verdade poderiam perfeitamente ter acabado de sair do comando de um navio de escravos ou de uma fábrica de trabalho escravo cheia de fumo do séc. XIX.
Amanhã votarão por vós mesmos, e votarão por nós. Ele continuarão a pressionar-vos, a chantagear-vos e a dizer-vos que devem ter medo do futuro. Dizem-nos o mesmo. E como seguramente vos dizem, repetem-nos diariamente que é tudo nossa culpa, que somos não só preguiçosos, mas que tivemos vidas de luxo e que chegou a hora de pagarmos. Tal como eles continuam a tentar convencer-nos, dizem-vos que é preciso sofrer dificuldades e privações por muito anos ainda, que é preciso destruir o vos
so país para conseguir manter o ‘business as usual’. Mas o ‘business’ já não pode voltar a ser o que era. O ‘business’, os negócios, rebentaram. No seu frenesim ideológico, eles destruíram a vossa economia enquanto vos diziam que a estavam a recuperar. Estão a destruir a nossa também. No seu frenesim fanático, eles estão a destruir a vossa democracia. Também estão a destruir a nossa. Mas há esperança. Vocês trazem-nos esperança. As vossas urnas são para nós como as lanternas dos mineiros das Astúrias em Espanha que iluminam as ruas de Léon. Vocês são a esperança de que nós precisamos, e prometemos estar sempre ao vosso lado. As nossas nacionalidades são irrelevantes. Nós partilhamos uma situação comum, uma noção comum de justiça, de verdade, de paz, um ideia comum. Nós somos uma classe, um povo – nós somos O Povo. Estaremos ao vosso lado como vocês estariam ao nosso. Não seremos levamos pacificamente para o matadouro, não desistiremos, não cederemos. Sabemos que vocês também não.
so país para conseguir manter o ‘business as usual’. Mas o ‘business’ já não pode voltar a ser o que era. O ‘business’, os negócios, rebentaram. No seu frenesim ideológico, eles destruíram a vossa economia enquanto vos diziam que a estavam a recuperar. Estão a destruir a nossa também. No seu frenesim fanático, eles estão a destruir a vossa democracia. Também estão a destruir a nossa. Mas há esperança. Vocês trazem-nos esperança. As vossas urnas são para nós como as lanternas dos mineiros das Astúrias em Espanha que iluminam as ruas de Léon. Vocês são a esperança de que nós precisamos, e prometemos estar sempre ao vosso lado. As nossas nacionalidades são irrelevantes. Nós partilhamos uma situação comum, uma noção comum de justiça, de verdade, de paz, um ideia comum. Nós somos uma classe, um povo – nós somos O Povo. Estaremos ao vosso lado como vocês estariam ao nosso. Não seremos levamos pacificamente para o matadouro, não desistiremos, não cederemos. Sabemos que vocês também não.
Apelamos a que quebrem as grilhetas que prendem a Europa, que iluminem estes dias negros, os mais negros que a maior parte de nós alguma vez viu. O povo da Grécia viu e sofreu na sua própria pele os resultados de FMIs, BCEs, ‘reformas estruturais’, ‘competitividade’, ‘flexibilidade’, ‘ordem’, ‘austeridade’. São palavras novas para significados antigos. Representam um retrocesso civilizacional que não só baixa os padrões de vida das pessoas mas destrói directamente as suas vidas, inclusivamente acabando com elas. Chegou a hora de responder. Chegou a hora de haver esperança e mudança. A mudança já aconteceu na Grécia. As coisas jamais serão o mesmo. Para nós também não. A História está a ser construída estes dias. Sejamos os artesãos e artesãs das nossas vidas. Votem contra o medo, contra a derrota e contra um passado cobarde e bolorento – Em frente, para o Futuro!
Precários Inflexíveis
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