Agiotas do povo grego: banqueiros portugueses arriscam lucros e resultados com possível corte de 50% da dívida Grega

Banqueiros Portugueses
A Grécia tem sido o primeiro balão de ensaio no projecto de divisão da Europa naquela que será a dos ricos e na outra que será para os pobres. No entanto a movimentação da população e dos trabalhadores gregos, em conjunto com o movimento social mundial em curso, começa a forçar outras soluções políticas. Segundo notícia de hoje, serão os bancos (banqueiros) aqueles que mais têm a perder com o “perdão” da dívida grega. Apenas para os banqueiros portugueses, o assumir político de que a dívida do povo grego será ajustada para 50% do actual valor, significa menos 735 milhões de euros para os banqueiros do BCP, BPI e Caixa Geral de Depósitos (CGD). Banqueiros estes, portugueses, que auferem de remunerações várias cerca de 846 mil euros anuais. Eles é que vivem acima das nossas possibilidades.
Assim, apesar do descalabro social e da onda de pobreza gerada pelos planos de austeridade, a enorme onda mundial de luta social e de contestação, com particular incidência na Grécia, ameaça os pilares da acumulação financeira dos grupos económicos e financeiros organizados que mantêm os países a saque. Consideramos que o povo e trabalhadores gregos já pagaram o suficiente à banca europeia, seja ela da própria Grécia, França, Alemanha, Norte-Americana ou Portuguesa (Fernando Ulrich (BPI), Ricardo Espírito Santo (BES) ou Carlos Santos Ferreira (BCP), entre muitos outros).

Os Bancos e os Banqueiros

Uma análise recente aos relatórios de 38 bancos de 17 países europeus confirmou o aumento das remunerações dos banqueiros europeus em tempo de crise. Para além desse facto, o relatório demonstra que um administrador da banca em Portugal ganha mais do triplo de um belga e fica à frente de dinamarqueses, holandeses e noruegueses. Segundo a consultora AlphaValue, em 2010 houve um aumento de 12,5% nas remunerações dos banqueiros, apesar do valor das acções ter sofrido uma forte queda.
A remuneração anual dos responsáveis pelo sector financeiro (em 2010), apontada pelo relatório, ronda os 846 mil euros, uma subida de 18,3% em relação a 2009. Este valor foi obtido com base na informação de 17 administradores de dois bancos portugueses.
Dinamarca, Holanda, Noruega e Bélgica são os quatro países onde os bancos pagam menos aos seus administradores do que em Portugal. O que ajuda a explicar porque é que nestes países há menor desigualdade de rendimento do que na nossa sociedade.

Portugal: 3º país mais desigual da europa

Por cá, também não aceitaremos pagar esta dívida nem devolver ao patronato e à classe financeira os direitos e os serviços públicos que conquistámos e construímos com o nosso trabalho e com os nossos impostos, mesmo sobre a contínua gestão danosa e mafiosa dos sucessivos governos de PS e PSD/CDS.
Defenderemos e construiremos um país em que a economia e as empresas/instituições sejam veículos para servir a dignidade e os direitos na vida e no trabalho de todas as pessoas.
Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather