Associação de Combate à Precariedade lança inquérito a investigadores com 1000 respostas em 48h
Há 48 horas o Grupo de Bolseiros da Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis lançou um inquérito dirigido a quem realiza trabalho de investigação ou presta apoio a esse trabalho, que já teve mais de 1000 respostas. Este inquérito está incluído no Roteiro contra a Precariedade na Investigação Científica, lançado no dia 5 de Fevereiro. O Roteiro consiste em reuniões com as direções de vários Centros de Investigação, para avaliar o impacto dos cortes orçamentais no funcionamento dos mesmos, e no lançamento de dois inquéritos. O primeiro inquérito foi tornado público nesta quarta-feira e o segundo será dirigido às próprias instituições.
O inquérito lançado tem como objectivo conhecer o peso da precariedade no trabalho científico feito em Portugal. Para tal, são feitas perguntas sobre o percurso académico de cada pessoa envolvida no trabalho de investigação, o tipo de vínculo laboral mantido ao longo desse percurso e se consideram emigrar ou se já o fizeram. O inquérito é aberto a todas as pessoas que trabalham em investigação, nas diferentes áreas. O número de respostas obtido até ao momento é extraordinário e prova que a comunidade científica quer que se saiba a verdadeira situação da investigação e se sente acossada pela propaganda lançada pelo Governo nas últimas semanas.
Uma análise preliminar dos resultados obtidos até ao momento revela que a maioria das pessoas que trabalham em investigação têm um vínculo precário, muitas pensam emigrar e há uma relação inequívoca entre a precariedade do vínculo laboral e a vontade de emigrar. A Associação de Combate à Precariedade pretende compreender, com dados concretos, a dimensão da precariedade de quem faz a Ciência e a tecnologia avançar e colmatar o desinteresse dos quais Nuno Crato e Miguel Seabra se alimentam para destruir a estrutura científica em Portugal.
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