Banco de Portugal defende aumento da precariedade e faz campanha pelo contrato único

O Banco de Portugal lançou recentemente um estudo dos economistas sénior da casa Mário Centeno e Álvaro Novo que defende a abolição dos contratos a prazo e dos contratos sem termo, assim como uma contra-revolução nas regras do subsídio de desemprego.

Os economistas defendem que os contratos a termo só devem poder ser usados para condições pontuais como substituições em caso de licenças de maternidade, sendo substituídos pelo contrato único. Esse contrato único – uma velha ambição do PSD, há muito apoiada por Passos Coelho – deve permitir despedimentos ainda mais fáceis e baratos, com períodos experimentais maiores e com um pré-aviso de despedimento mais longo.

No que toca ao subsídio de desemprego, os economistas do BdP propõem que a prestação social não deve ter “cariz social” mas sim ser um “seguro para a perda de emprego”. Ou seja, ainda mais curto e sem ter atenção à idade de quem o requer.

Os Precários Inflexíveis sabem bem que muitas vezes os precários e os desempregados são utilizados como desculpa para legitimar os ataques aos direitos das pessoas que trabalham. Os economistas do Banco de Portugal fazem, assim, um favor ao Governo de Passos Coelho lançando um estudo que propõe menos apoio no desemprego e menos segurança no emprego.

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