Cada vez se trabalha mais horas e por menos salário em Portugal

Infografia Público
O jornal Público de hoje mostra que o aumento do número de desempregados (ver que a taxa de desemprego atingiu o máximo histórico de 15% no segundo trimestre de 2012) tem tido um enorme impacto no trabalho daqueles e daquelas que ainda mantêm os seus empregos. Está a aumentar o número de pessoas que faz mais 41 horas semanais (o normal seriam 40h/semanais), como também está a aumentar o de pessoas que trabalham a part-time com menos de 10h/semana, na maioria das vezes é o que se costuma chamar de part-time involuntário.


Assim, e de acordo com as estatísticas do INE, desde o trimestre homólogo de 2011 que o número de pessoas com horários superiores às 8h/dia aumentou 5,9% e hoje já atinge cerca de 1 em cada 4 pessoas que trabalha em Portugal. A conclusão do jornal é clara: quando o mercado de trabalho se fragiliza e há menos trabalhos disponíveis, então o respeito pelo horário de trabalho já não é prioridade, pois as pessoas lutam muito para manter os seus empregos.

A crise e o regime de austeridade que já fizeram a economia portuguesa recuar cerca de 3,3% no primeiro semestre de 2012, estão a permitir a diminuição dos salários e o aumento do número de horas trabalhadas. O Governo mostra que o seu plano de baixar ordenados, ou de realizar o “ajustamento por via dos salários”, está a funcionar no seu pior vector, penalizando os trabalhadores e as trabalhadoras, mas é absolutamente ineficaz nas metas do défice e da dívida.

Notícia Público aqui.
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