carta-aberta a quem quer acabar com a precariedade


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maydays,
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Ontem fomos 1000 a ir para a rua, no segundo Mayday organizado em Lisboa.
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Fizemos a festa e mostrámos que não nos calaremos.
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Parecerá estranho, mas estamos em 2008 e temos que lutar por direitos que muitas vezes só existem no papel. Direitos simples como ficar doente ou grávida e não perder o trabalho.
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O ideal seria podermos pensar que este foi o segundo e último Mayday e que grupos anti-precariedade como os Precários-Inflexíveis, o FERVE ou os Intermitentes poderiam arrumar as malas e pensar noutras coisas.
Seria muito bom podermos descansar e pensar que a solução se avizinha. Mas o que vemos é uma fasquia já muito baixa – leis que ainda por cima são sistematicamente violadas todos os dias pelo Estado e pelas empresas – que ainda mais baixa ficará se forem aprovadas as propostas do Governo de José Sócrates para as leis do trabalho.
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Foi um óptimo Mayday!
Parabéns a todos os que participaram e ajudaram a construí-lo. Agora há muitos meses pela frente que podem ser decisivos para o que andaremos a discutir e a viver nos próximos anos.
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É preciso não perder o entusiasmo maydeico.
Seja de forma individual ou actuando em grupos anti-precariedade, sindicatos, partidos políticos, associações… Os Precários-Inflexíveis por exemplo estão prontos a continuar a fazer acontecer a anti-precariedade, de forma divertida e incisiva.
Se necessário usando da desobediência civil.
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Em Portugal, somos dois milhões de pessoas a trabalhar na corda-bamba. Somos muitos, já mostrámos que recusamos chantagens e rebuçados. Não nos calamos.

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Precários nos querem, rebeldes nos terão!

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Precários-Inflexíveis

(fotografia: nfcastro)


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