Como é que a pobreza cai no primeiro ano da troika?
Costuma-se dizer “torturem os números que eles confessam” e esse parece ser o caso com a redução da pobreza no primeiro ano da troika (2011-2012). Mas como é que é possível que num momento em que os rendimentos foram cortados, os impostos subiram e o desemprego aumentou enormemente, a pobreza diminua?
A resposta é simples: a linha de pobreza é relativa e tem em conta não a pobreza absoluta mas sim as pessoas que estão abaixo de 66% do rendimento mediano da população. Assim, porque os rendimentos da população baixaram muito, houve mais gente a ficar acima dessa linha de pobreza.
Parece estranho, não é? Entre 2011 e 2012 houve uma redução de 0,1% do risco de pobreza de 18% para 17,9% e isso tem explicação na redução geral do rendimento da população
O que é ainda mais interessante é que o risco de pobreza aumentaria para 45,4% se não existisse Estado Social.
A tal “reforma do Estado” que Passos e Portas querem fazer, e que vai cortar 4.700 milhões de euros na escola, saúde e Segurança Social, fará com que quase metade da população viva na pobreza.
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