Corticeira Amorim aumenta capacidade de produção e efectua despedimento colectivo
Américo Amorim é o homem mais rico de Portugal e dono da Corticeira Amorim, empresa de topo na sua área. O responsável pela sua corticeira, António Rios de Amorim, diz que foi obrigado a efectuar despedimentos colectivos devido às circunstâncias actuais da actividade da empresa. Não que existam prejuízos, mas «se as empresas querem ser sólidas e rentáveis têm de tomar medidas». Pois claro, as empresas querem-se rentáveis.
Diz o senhor do clã: “Custa-nos fazê-lo, essencialmente porque a maioria [desses trabalhadores] são quadros nossos.” É preciso é ter rentabilidade.
Entretanto, no ínico de Janeiro a Corticeira Amorim anunciou o aumento da capacidade de produção através da compra de 25 por cento da distribuidora norte-americana de pavimentos de cortiça US Floors por 10 milhões de dólares (7,17 milhões de euros). “Com esta aquisição reforça-se o investimento que temos feito na área dos revestimentos através do aumento, em curso, da capacidade de produção. “O presidente da companhia admitiu que a decisão «não foi fácil». Coitado, ter uns milhões na conta, ser líder mundial na sua área de trabalho, e ter de tomar estas medidas difíceis…
Perante isto, o Ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, diz que não sabe se há ilegalidade. Talvez não saiba (o que é grave), mas o seu papel não é de juiz ou fiscal da ACT, ele é o responsável político pela área do trabalho e emprego em Portugal, num momento terrível para precários , desempregados e até empregados. A única coisa justa a assumir, e essa, ele pode assumir sem pedir licença, é que é obsceno que as pessoas fiquem sem meios de viver dignamente para sustentar o crescimento da riqueza de um homem que já é o mais rico.
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