Depois das enormes manifestações a decisão do Tribunal Constitucional é fim da linha para o Governo e para a troika
Sabendo-se agora que o Governo apresentou, pelo segundo ano consecutivo, um Orçamento de Estado que vai contra a Constituição é altura de lembrar o que milhares de pessoas vieram às ruas dizer no passado dia 2 de março: Basta de austeridade! Demissão!
O Governo de Passos Coelho e Paulo Portas esteve semanas paralisado por saber que já não tem apoio popular e por já não ter legitimidade política para continuar, mas agora sabe-se que a sua política é, simplesmente, ilegal. Ontem, um dos principais protagonistas do Governo, Miguel Relvas, demitiu-se e nos últimos dias a maioria PSD/CDS limitou-se ao desenvolvimento de escandalosas pressões sobre os juízes do Tribunal Constitucional, argumentando que eles se encontravam vinculados a tudo menos à própria Constituição. Estes factos comprovam a instabilidade e a desorientação em que em que o Governo está mergulhado.
O fracasso do ajustamento do memorando é patente: quase 3 milhões de pessoas estão desempregadas ou têm uma relação laboral precária e o futuro é hoje mais negro do que nunca. Assim, é altura deste Governo, que tentou ignorar a vontade popular expressa nas maiores manifestações desde o 25 de abril de 1974, se demitir e da troika assumir as suas responsabilidades, saindo de Portugal e deixando as políticas de austeridade que estão a afetar gravemente a Europa do Sul.
A Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis exige que, no imediato, se reponham as pensões, os salários e a parte do subsídio de desemprego que o Governo confiscou e cuja ação o Tribunal Constitucional considerou inconstitucional.
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E já agora que nos devolvam o Português de Portugal correctamente escrito que o bandido do Sócrates “vendeu” aos brasileiros à espera que eles nos entregassem petróleo a preços baixos. Perdemos a identidade e a dignidade de uma nação com uma língua bem estruturada para termos uma desorganização linguística total e que vocês, aparentemente, também aderiram. Tanto bandido é o que assalta como o que fica a vigiar.
Mais uma vez os precários vão ser penalizados com o pacote fiscal que se adivinha. Nada lhes vai ser reposto. Tudo lhes tem sido tirado desde os PEC’s.