Derrapagem orçamental vai ser paga com menos apoios sociais
Passos Coelho e os seus ministros estiveram reunidos toda a manhã para aprovarem o orçamento rectificativo. Desde que entrou em funções este governo nunca conseguiu cumprir um orçamento e por isso necessitou sempre de apresentar um ou mais orçamento rectificativo no decorrer do ano para flexibilizar as metas do défice ou renovar cortes nas despesas (aqui).
Desta feita o governo culpa a derrapagem orçamental de 3,4% do PIB (cerca de 5823,4 milhões de euros) com a decisão do Tribunal Constitucional de considerar ilegal os cortes nos salários da função pública e a nova versão permanente do corte nas pensões.
Agora o governo anuncia que não irá subir impostos que a derrapagem será coberta reduzindo os apoios sociais, ou com um melhor “controlo da despesa”.
Nada mais simples para tentar atacar o Tribunal Constitucional e por trabalhadores contra desempregados e pobres contra remediados. Quem recebe apoios sociais ou subsídio de desemprego irá ver a situação alterada para pagar as ilegalidades orçamentais do governo e a subida dos juros da dívida que explicam cerca de 15% do erro no défice (aqui).
Aliás a tendência da redução dos apoios sociais é clara, tendo em um ano sido retirado o RSI a mais de 45 mil pessoas (aqui).






