Desemprego-Austeridade começa a varrer sector dos serviços em Lisboa e Vale do Tejo

A região de Lisboa e Vale do Tejo registou o maior número de pedidos de subsídio de desemprego aprovados em agosto, com uma subida de 16% face a Julho, totalizando mais de um terço do total do país. Segundo os últimos dados estatísticos disponibilizados pela Segurança Social, do total de 14.908 requerimentos de subsídio de desemprego aprovados em Agosto, 5.182 diziam respeito à região de Lisboa e Vale do Tejo, seguindo-se a Região Norte com 5.041.


Com perto de 700.000 desempregados, apenas 280 mil pessoas recebiam em Agosto o subsídio de desemprego, depois dos ataques à Segurança Social pelos últimos governos do Partido Socialista e pela continuidade dada pelo governo PSD-CDS/PP. Num país em que a pobreza está a associar-se ao trabalho, cavando um fosso social inultrapassável para muitos cidadãos, os últimos dados divulgados pela Segurança Social indicam valores de pobreza e miséria nas prestações sociais, que contrastam com as facilidades dos grandes homens de negócios (accionistas e outros):

  • Subsídio de desemprego médio de 531,80 euros
  • Subsídio social de desemprego de 342,17 euros 
  • Subsídio social de desemprego subsequente de 364,70 euros
  • Valor do prolongamento de subsídio social de desemprego foi de 337,44 euros.

Contrariando a tese inevitável de que a austeridade é a solução para as vidas de todos, o desemprego voltou a aumentar para aqueles com habilitações escolares de nível superior em 7,5%. A proposta de um país ancorado em exploração de mão-de-obra barata, produção sem conhecimento ou tecnologia como alicerce e colonizado por capital predatório e parasitário ganha maior expressão económica.

Ver:
Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather