Desemprego jovem nos 28,1%
De acordo com os dados do Eurostat, quase 30% dos jovens portugueses com menos de 25 anos não têm trabalho. Este número cifra-se apenas nos 16% no resto da Europa.
Assim, estamos no topo dos países europeus em desemprego jovem, perto da Itália (28,9 por cento), Eslováquia (33,7 por cento) e Espanha (44,4 por cento).
Notícia aqui.
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Só?
Deve ser muito mais.
Desemprego jovem (se se considerar até aos 30) deve ser bem mais. 35/40%?
A melhor solução seria criar um programa de requalificação de licenciados. Mas não para aqueles de áreas como Gestão, Marketing, Ciências Económicas. Esses já têm imensos programas INOV totalmente dedicados a si. É preciso um programa de requalificação para malta de ciências sociais, humanidades, etc. Nunca ninguém se lembra desta falange de pessoas.
Infelizmente, vivemos num país em que as entidades patronais têm muito pouco manacial intelectual. Maior parte nem deve ler livros. Só querem é vender, vender, lucro; gestores, etc.
Empresas como a Microsoft, Intel, e até companhias de telemóveis norte-americanas, dão muitos empregos a malta de ciências sociais, nomeadamente, antropologia e sociologia. Eu sou dessa área, sei que poderia ser útil em muitas empresas de topo, mas eles querem lá saber disso. Vejam os programas «trainees» das grandes empresas nacionais: querem tudo engenheiros, gestores, marketing e no limite, direito.
Assim, realmente, com mentalidade fechada, é difícil alguém se orientar na vida.
E a culpa não é dos estudantes terem escolhido áreas «sem saída». A culpa é da formatação existente no sistema de ensino, nomeadamente, secundário, que obriga a que os alunos, posteriormente, tenham que seguir essas mesmas áreas no superior, se não tiverem dinheiro para ir para uma privada.
Há muita gente para requalificar. Mas claro, os poderosos não vão querer. Querem é lucro, lucro, tecnocratas e afins.
Estamos todos / as condenados.
Também acredito que o número seja muito maior. Os dados que passam cá para fora são sempre “aligeirados”.
A melhor solução era acabar com o trabalho obrigatório. O desemprego, que continua a ser noticiado como algo que pode ser remendado, não tem solução. A tecnologia está a substituir o trabalho humano e as empresas estão a perder o poder de investimento. Já não há volta a dar, por muito que os Governos queiram pôr mais medidas ridículas de austeridade, que ainda fazem é pior.
O trabalho é apenas um meio para obter outro meio para obter o que precisamos (trabalho – dinheiro – comida). Muito do que pagamos – casa, electricidade, comida – deviam ser gratuitos para todas as pessoas (porque há possibilidades disso, e exemplos disso são as toneladas de comida que são postas no lixo todos os dias ou as casas abandonadas que andam por aí) e ainda nos contentamos a pagar maus serviços. Agora, com o desemprego a aumentar, as pessoas deixam de conseguir ganhar dinheiro para comprar a sua sobrevivência. O que se gerou em torno do dinheiro é um dos maiores crimes aos direitos humanos. Isto hoje em dia está tudo mal. Tudo!
A solução não é arranjar trabalho para os desempregados. A solução é fazê-los ver que não precisam de um emprego sob as ordens de um patrão maldisposto mas sim de comida, uma cama e do carinho dos amigos e pais (que até isso o emprego lhes tira).