Patrões não se entendem sobre descida da TSU

 
Durante a manhã de hoje assistimos a várias confederações patronais a tentarem puxar a brasa à sua sardinha e a exigirem ao Governo taxas mais baixas da Taxa Social Única. Quais abutres, os patrões não conseguem controlar a sua vontade de lucrarem com este enorme roubo que será realizado aos que trabalham.

A Confederação da Indústria Portuguesa entregou ao Governo um “estudo” onde conclui que há grande vantagem na baixa da contribuição dos patrões para a segurança social dos actuais 23,75% para os 15%, uma baixa de 8,75 pontos percentuais, ou seja de quase 40%. 

Para realizar esta descida, a Segurança Social ficaria a perder 681 milhões de euros por ano, o que significaria que teria de aumentar o IVA em vários pontos percentuais. Aumentando o IVA, para além de penalizar duplamente os trabalhadores, iria fazer com que outros sectores, de bens não transaccionáveis, perdessem competitividade.

A CIP defendeu assim um corte de 40% na TSU… mas apenas para a indústria.

E, de imediato, veio a Confederação do Comércio de Portugal (CCP) reclamar que, se não se aplicar ao resto da economia, a descida da TSU iria causar desemprego.

Seja como for, os patrões não estão de acordo e mostram a sua verdadeira face quando se empurram para ficarem com o dinheiro dos trabalhadores.

Se queres saber mais sobre este tema lê:
Corte na taxa social única apenas reduz 0,8% dos custos de produção
Taxa Social Única: alguém me explica o que é?

E as notícias: aqui, aqui, aqui .

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