Desemprego. O caso de Leiria.

Francisco Gomes

Em Novembro de 2008, último mês de que há dados disponibilizados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, atingiu os 15.271 inscritos nos centros de emprego, revela a União dos Sindicatos do Distrito de Leiria (USL).

Para José Fernando, coordenador da USL, “a acentuada quebra da procura, há muito evidente, agravada nos últimos meses de 2008, é uma das características fundamentais da actual crise. Todavia, não chega para esconder os erros das políticas neoliberais, que desvalorizaram as vulnerabilidades e a necessidades de investimento produtivo, a valorização e defesa do trabalho com direitos e o combate à precariedade”.

“Os trabalhadores sujeitos a vínculos precários são os que mais contribuem para o agravamento dos números do desemprego. Muitos trabalhadores vítimas de sucessivos empregos precários, não alcançam o período de garantia para receberem o subsídio de desprego”, aponta.

“Utilizando o chapéu da crise, muitos patrões aproveitam para encerrar empresas, ou reduzir os postos de trabalho de forma ilegal e em total desrespeito pelos direitos dos trabalhadores. A resistência dos trabalhadores impediu o encerramento de muitas mais empresas”, sublinha.

“O Governo, que se mostrou lesto a disponibilizar milhões de euros para a banca, não mostra a mesma capacidade para agir em defesa do aparelho produtivo, demonstrando uma inquietante tranquilidade, face aos encerramentos e tentativas de encerramento, de importantes referências do aparelho produtivo, no distrito, na maior parte dos casos de forma ilegal”, critica José Fernando.

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