Desregulamentação total: O fim do horário de trabalho
O governo apresentará na concertação social, a decorrer entre 29 de Setembro e 4 de Outubro, a proposta de retirar à Autoridade para as Condições de Trabalho a competência de fiscalizar as empresas no que diz respeito a horários de trabalho, intervalos para descanso, isenções de horário e alargamentos dos períodos de trabalho.
Com a já gasta cassete da modernização, que esconde a entrega dos trabalhadores à vontade dos patrões, este governo visa à partida eliminar as conquistas históricas que foram o horário de trabalho e os intervalos para descanso. Pretende ainda introduzir a imposição unilateral do alargamento do período do trabalho.
O pedido para redução ou eliminação dos intervalos de descanso deixa de ser necessário, sendo apenas feita a sua comunicação à ACT “para que a autorização seja concedida de forma automática”.
É igualmente proposto que o horário de trabalho deixe de estar afixado no local de trabalho ou que seja necessário enviá-lo à ACT. A justificação para esta medida é que a afixação do horário não garante o seu cumprimento, na prática garantirá o fim do horário de trabalho.
No que concerne ao alargamento do período de trabalho, a ACT deve recebê-lo por email, para que seja emitido o “deferimento do procedimento, através da figura da autorização automática da laboração do estabelecimento”.
Dois dias após as declarações da chanceller alemã, Angela Merkel, acerca da perda de soberania para os países que não cumpram os défices orçamentais, e com o clima que se vem sentindo diariamente começa a caber colocar-se a questão: Em que século estamos nós? Governo e patrões querem transportar-nos alguns séculos para o passado. Temos um governo dos patrões e para os patrões que não se deterá excepto pela acção concertada do povo. Estas e outras propostas afiguram-se como uma ameaça não só aos trabalhadores como à própria estrutura da sociedade.
A única saída para esta crise é, cada vez mais claramente, a resposta popular.
Notícia no jornal Público, aqui.
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Isto está uma foda, pessoal.
E o que mete mais medo, é que cada vez mais, há menos anúncios de emprego. As próprias empresas de EET, cada vez menos têm ofertas; limitam-se a manter os clientes / ofertas que trazem do passado.
O IEFP é uma nulidade autêntica, onde, muitas vezes, manda pessoas para as EET, pois estas últimas mandam anúncios para o próprio IEFP.
Isto está uma decadência total.
Se uma pessoa com vinte e oito, licenciada (mestre ou mais), não arranja emprego em lado nenhum, imaginem quando tiver trinta e oito.
E o problema é que não se vê solução alguma.
Deve haver imensos jovens (e menos jovens) em casa, olhar para as paredes. É impossível que todos arranjem emprego em calls; hipers; shoppings; armazéns; e até fábricas. Deve haver imensos jovens em casa. E alguns com dobro ou triplo das habilitações de seus pais.
É um autêntico paradoxo. Estamos todos fodidos.
Jovens, quem ainda sonham em ter a sua modesta casinha, o seu carrinho, boas condições financeiras, de saúde, etc etc, para que não falte nada a si e aos seus filhos , a única solução que têm é sair desse pais de merd@ , e ir para Inglaterra , suíça, Luxemburgo… ,porque quem ficar em portugal , a única coisa que vão ter é mesmo só em sonhos ! ou seja, é continuar a trabalhar (muito) pa ganhar um ordenadozito(cada vez menos) para pagar impostos, que qualquer dia nem para os impostos chega!
Estou á 2 anos e meio em Inglaterra e já tenho mais coisas neste tempo que cá estou, do que tive em 26 anos em portugal … e aqui dá gosto trabalhar porque o nosso trabalho é reconhecido e ao final do mês vê-se a conta bancaria a aumentar …, o que da motivação para trabalhar mais e melhor .
O problema é que ninguém emigra à maluca. Tens de ter família, amigos, ou algum dinheiro para te aguentares sozinho, no caso de ires «sem rede».
Eu posso apanhar amanhã um avião para Londres, mas «e depois»? Vou mendigar? Preciso de ter onde morar; dinheiro para transportes; comida; etc.
É que emigrar, qualquer jovem hoje em dia quer, muito mais se for licenciado, mas a verdade é que não se emigrar «à maluca».
O que falta aos portugueses, é aquilo que se vê na comunidade brasileira em Portugal e em outros países: enormes redes de emigração em rede; em que os trabalhos de uns passam para os outros, etc. Isso permite que alguém que chegue, se aguente uns tempos.
Eu se pudesse emigrava já amanhã, mas precisava de ter um «ponto de abrigo», nem que fosse por uns três, seis meses, e a partir daí, estar por minha conta, ter que me fazer à vida. Pq é mesmo como tu dizes: lá fora, podes ser licenciado, ter um emprego de merda agora, mas sabes que mais tarde ou mais cedo, algo melhor irá aparecer; e se fores bom, reconhecem o teu valor.
Em PT, és e serás sempre uma merda, que apenas tem de escolhe: inbound ou outbound.