Escândalo na colocação de professores :: Denúncia do grupo de professores contratados

A segunda bolsa de recrutamento para a colocação de professores, tornada pública há pouco mais de 24 horas, está a geral a total indignação entre os candidatos (visível nas redes sociais). Todos os lugares preenchidos (muito poucos, sublinhe-se) correspondem a contratos mensais (consultar aqui ou mais em geral aqui), mesmo quando a necessidade da escola é anual (veja-se aqui a prova clara). Além de provocar a insegurança dos professores colocados nestes horários – que não têm a garantia cabal de terminarem o contrato a 31 de Agosto  – o MEC comete uma trapalhada grosseira: os professores que se candidataram apenas a horários anuais (e não a mensais ou semestrais) fazendo legitimamente essa escolha na aplicação electrónica da candidatura, ficaram afastados de qualquer possível colocação, mesmo estando melhor posicionados na lista do que alguns dos candidatos agora colocados. 

Esta situação é inadmissível e evidencia a insensibilidade que tem pautado a intervenção do governo no que respeita aos professores mais vulneráveis e que contribui para minar a qualidade da escola pública. Os professores contratados e desempregados estão fartos de ser atropelados nos seus direitos e exigem um esclarecimento imediato de mais este abuso intolerável.

O grupo de professores contratados que se formou através do facebook

Também nos Açores, o Movimento dos Professores e Educadores Precários e Desempregados de S. Miguel, entrega esta terça-feira na Presidência do Governo dos Açores um documento em que afirmam que “Continuam a faltar professores nas escolas e conhecemos casos concretos de docentes a quem foram dadas disciplinas sem habilitação na área” e denunciam a existência de “falta de apoio nas escolas para qualquer tipo de dificuldades permanentes dos alunos”. 

Sónia Penela, do movimento, resume a proposta de desinvestimento na educação nos Açores (e em Portugal): “Se a região pensa que a educação sai cara, que não queira experimentar os custos da ignorância”

Ver Açores: Professores precários pedem correcção de erros.

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