Fecho da fábrica da Peugeot em França afecta milhares de trabalhadores

Foto: www.dinheirovivo.pt

Não é só em Portugal que a precariedade existe e o desemprego assola a vida dos portugueses. Apesar das exortações à emigração e das garantias de que isto por aqui está mau porque gastámos acima das nossas possibilidades e outras parvoíces que tal, a verdade é que por essa Europa fora a crise também se faz sentir, com maior ou menor intensidade. Em França foi agora anunciado o fecho da fábrica da Peugeot-Citröen em Aulnay, onde trabalham mais de 3 mil pessoas, entre as quais alguns portugueses e várias centenas de luso-descendentes. Apesar de serem operários qualificados num país que garante que a culpa da crise é dos outros, dos preguiçosos, a realidade desmente essa premissa.

 

A Associação Cultura Portuguesa de Aulnay-sous-Bois “já criou um pólo de acção social e solidária, diz, por outro lado, que esta não é uma boa altura para emigrar para França. “Alguma emigração portuguesa continua a vir para França, que já não é o El Dorado dos anos 70”, declarou, acrescentando que o anúncio da Peugeot demonstra que “antes de sair de Portugal é necessário saber se temos emprego e se temos condições de ter uma vida condigna”. Paulo Marques assegura: “Vive-se melhor com 500 euros em Portugal do que com 1.500 euros em França”. (aqui)
A embaixada portuguesa em França disponibiliza apoio aos trabalhadores despedidos, embora deixando a seguinte ressalva: “O importante é garantir que os direitos são respeitados. Nós naturalmente estamos disponíveis para prestar apoio de natureza jurídica, mas tratando-se de cidadãos franceses, naturalmente que a defesa desses direitos é no quadro da própria cidadania francesa que eles possuem”.
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