Florença 10+10: Lançamento de propostas, acções e a greve geral estende-se a mais 3 países!
Ontem na Fortezza da Basso, em Florença, reuniram-se várias centenas de movimentos sociais, sindicatos, redes internacionais, activistas e organizações de base para lançar a reunião internacional “Firenze 10+10”, sob o lema “Juntar forças por uma outra Europa”. Um dia com mais de 10 sessões diversas e temas que passaram pela financeirização dos recursos naturais, os problemas internacionais dos estudantes, as obras desastrosas como o TGV (TAV) em Turim ou a privatização da água. Foi neste dia que se lançou a iniciativa da Cimeira Alternativa a decorrer em Atenas em 2013 e que voltou a reunir a rede internacional de auditorias cidadãs às dívidas públicas.
Os Precários Inflexíveis participaram em vários dos painéis que decorreram sendo de destacar o painel da Cimeira Alternativa, onde estiveram presentes também outros activistas portugueses, e na mesa sobre Direitos Sociais e Laborais.
No painel da Cimeira Alternativa (Alter Summit), destacou-se o processo que deverá conduzir a este evento, que deverá incluir discussões a nível nacional no que diz respeito à participação máxima da sociedade civil que culminará numa cimeira de dois dias em Atenas. As principais ideias destacadas foram formar para este evento uma “coligação” de organizações, num processo de convergência, com um programa de acção que conduza a um grande evento que marque decisivamente uma tomada de posição política colectiva comum entre várias organizações da Europa e outros países. Estão já apontadas como datas importantes, além da importante greve de 14 de Novembro, um evento em Bruxelas e em Frankfurt, conduzindo à Cimeira. Duas ideias fortes são a criação de um “Tour” europeu de economistas críticos para explicarem a toda a gente a crise objectivamente, assim como a criação de um tribunal europeu da crise. Segundo um dos principais organizadores, mais de 80 organizações já aderiram ao Alter Summit, e o que não falta são ideias ou alternativas. O que falta é a organização e articulação necessária para alterar a relação de forças: nas ruas, nos locais de trabalho e nos Parlamentos. A ideia será também unir pessoas e organizações à volta de pontos de convergência simples, como a renegociação da dívida, a convergência internacional dos direitos sociais, a rejeição das políticas de austeridade, a efectivação de uma democracia real, que respeite os direitos e as necessidades dos povos, os direitos laborais como base da actividade laboral e um sistema fiscal que taxe efectiva e drasticamente não só a grande concentração de propriedade como as actividades financeiras especulativas.
As auditorias cidadãs à dívida pública de mais de 20 países reuniram-se, após a constituição este ano da ICAN – Rede Internacional de Auditorias Cidadãs. Nessa reunião reuniu-se informação sobre o trabalho desenvolvido em todos os países, as descobertas feitas e a evolução política e cidadã das auditorias, que variam desde muito populares a muito académicas.
Na reunião sobre Direitos Sociais e Laborais o sindicalista belga Felipe Keirsbilck destacou que o objectivo não era repetir as análises mas procurar plataformas e alianças efectivas para convergir as lutas, fazendo sair de Florença propostas colectivas de luta. Foi destacada por todos os presentes a importância da greve geral europeia que é uma expressão da possibilidade de haver uma convergência europeia à volta de ideias e acções comuns, partindo não só da iniciativa das lideranças sindicais, como também dos trabalhadores de base (destacando-se a pressão de muitos trabalhadores que forçaram, por exemplo em Itália, as centrais sindicais CGIL e COBAS a convocar a Greve Geral de dia 14 de Novembro). Soube-se também que haverá greves no dia 14 na Eslovénia, Polónia e Rep. Checa. Em Itália as associações de estudantes e organizações ambientalistas também se juntaram ao apelo da greve e estão a organizar autonomamente piquetes de greve.
Os sindicalistas que apresentaram o painel fizeram questão de frisar que as questões do trabalho não eram exclusivamente responsabilidade dos sindicatos. Foi ainda referido que os sindicatos devem, após a experiência de 14 de Novembro, procurar fazer uma greve geral europeia total, atacando todas as formas em que se tem expresso o conflito capital-trabalho: racismo, sexismo, homofobia e violência estatal.
As principais dificuldades apontadas para as tomadas de posição colectiva foram os factos de as legislações sociais, laborais e condições económicas serem eminentemente nacionais, e os diferentes estados de avanço e conservação dos processos de negociação colectiva, sob forte ataque pela direita austeritária.
Entre algumas das propostas mais relevantes feitas nesta reunião destaca-se a necessidade de apelar a um aumento da representação de trabalhadores desempregados e precários, fortalecendo os trabalhadores, os sindicatos e as organizações e a necessidade de tomadas de posição colectivas contra as políticas e medidas de austeridade, assim como a rejeição colectiva dos tratados europeus assinados e ratificados nos últimos anos; Tratado de Lisboa, Europacto e Tratado Fiscal.
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os chineses, indianos e brasileiros esfregam as maos de contentes. Segundo comentarios e previsoes dentro de 20 anos europeus e americanos vao ter um nivel de vida igual ao dos indianos se as greves e os empresarios continuarem com a mesma tendencia de investir mais nesses paises que tem menos greves e salarios mais baixos.Os universitarios indianos tambem tem tido muita aceitacao pela boa formacao e condicoes mais favoraveis para os patroes – e falam ingles.