Fome, desespero e fuga: o drama social agudiza-se em Portugal
O “El Mundo” em Espanha noticiou (com uma foto do mural feito pelo MayDay Lisboa) que a selvagem política de austeridade, elogiada pela Europa, está a ter um preço cada vez mais alto pelos habitantes de Portugal, o país mais pobre da Europa ocidental. A notícia refere ainda casos que exemplificam o cada vez maior número de pessoas que caem na cada vez mais usual designação de “Novos Pobres”, pessoas que pertenciam à classe média e que por via das políticas de empobrecimento que têm sido postas em prática caíram na pobreza.
Existe na atualidade o impressionante número de 465.000 pessoas que têm de sobreviver sem emprego e sem nenhuma ajuda do Estado, tendo aumentado a taxa de desemprego de 4% em 2002 para um recorde de 15% em 2012, ao mesmo tempo que o Governo cortou e suprimiu os apoios sociais. O número de pessoas que recebem menos de 310€ por mês cresceu 9,4% durante o ultimo ano. Em dois anos o consumo interno retrocedeu 13%, aos níveis de 1999. A notícia continua ainda por referir sobre o aumento do número de pessoas a passarem fome, bem como um dramático e acentuado aumento de suicídios, e que é cada vez maior o número de pessoas que querem literalmente fugir de Portugal e procurar condições de vida e trabalho noutros países, fugir do buraco negro em que o país se encontra.
A notícia refere ainda as incongruências do Governo, as afirmações Passos Coelho de que a crise irá acabar em 2013, e o facto de nem o ministro da Economia Álvaro Santos Pereira acreditar nisso. Aliás, já Vitor Gaspar tinha dito no ano passado que a crise acabaria em 2012. Constata-se agora que se enganou nos cálculos, pois estamos muito pior do que há um ano atrás. Assim uma provável frase a ouvir em 2013 por algum qualquer elemento do governo poderá ser: “A crise irá acabar em 2014!!”.
notícia El Mundo
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