Governo prevê mais medidas de austeridade para 2012

Depois do assalto à Segurança Social, proposto por Pedro Mota Soares e assinado por Cavaco Silva, com a promulgação da lei da transferência dos fundos de pensões da banca para a Segurança Social (aqui), o Governo prevê agora, segundo nota interna do Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a aplicação de mais medidas de austeridade, em 2012, consequentes desta parceria de favorecimento à finança. O documento foi divulgado a 18 de Dezembro em conselho de ministros e pode ser consultado através do site do Diário de Notícias (aqui).

Segundo este documento os 6 mil milhões de euros transferidos da banca e que tiveram um efeito rápido nas contas de 2011, tendo possibilitado a redução do défice, vão provocar um aumento do mesmo no corrente ano de 2012, de 4,5% do PIB para 5,4%. O Governo pretende compensar este aumento com a alienação de património do Estado e com a aplicação de medidas de austeridade que recuperarão o correspondente a cerca de 3% do PIB.
Mais uma vez sacrificam-se os trabalhadores em prol da finança que conseguiu com esta operação absorver vários milhares de milhões de euros e continua-se a hipotecar o futuro de um país com decisões brutalmente recessivas. Esta é apenas mais uma prova de que a política do “penso rápido” não é solução, porque adia e agrava os problemas enquanto a factura sobra sempre para os mesmos – trabalhadores, desempregados e pensionistas.
O Governo de Pedro Passos Coelho ainda não anunciou as novas medidas previstas, mas os Precários Inflexíveis não têm dúvidas: a austeridade não é solução. Continuaremos a exigir justiça e direitos no trabalho e na vida e não aceitamos que a finança se sobreponha às pessoas, às suas escolhas essenciais e ao futuro de uma sociedade inteira.
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