Grécia – A votos contra a austeridade
Nas eleições que hoje decorrem na Grécia os partidos que defendem a austeridade e que tinham até agora a maioria (apesar de o governo de Papandreous ter caído em Novembro do ano passado e da União Europeia ter imposto um governo não sufragado) estão seriamente em risco. O partido de esquerda Syriza parece vir a retirar o 2º lugar ao PASOK, parceiro de coligação dos partidos da direita conservadora (Nova Democracia e Laos) também em queda acentuada.
A coligação Nova Democracia + PASOK + LAOS, que governa o país desde a queda do governo de Papandreous não deverá poder formar novamente governo, pois para tal seria necessário ter um mínimo de 151 deputados (no parlamento há 300 lugares). Nas eleições de 2009 o PASOK havia obtido 44% dos votos, Nova Democracia 33,5%, KKE (Partido Comunista) 7,1% e Syriza 4,6%.
As sondagens à boca da urnas indicam que a Nova Democracia terá entre 17 e 20%, o Syriza entre 15,5 e 18,5%, PASOK 14 a 17% e KKE 7,5 a 9,5%.
Entre os partidos mais pequenos destacam-se a ascensão dos Gregos Independentes (dissidentes da Nova Democracia) que poderá atingir os 11% e a ascensão do partido neonazi Aurora Dourada poderá estar entre os 6 e os 8%. A Esquerda Democrática terá entre 4,5 e 6,5%, os Verdes entre 2,5 e 3,5% e o LAOS também entre os 2,5 e os 3,5%.
Após os resultados oficiais há um prazo de três dias para o vencedor tentar formar uma aliança e governo. Se não o conseguir, o segundo poderá tentar por sua vez e finalmente o terceiro caso os dois primeiros não o consigam. Caso não haja Governo formado findo este processo, os gregos poderão ser chamados a voltar às urnas.
Os partidos gregos que apoiam a troika e a austeridade estão a ser severamente punidos pelas políticas adoptadas que estão inequivocamente a destruir o país.
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