Grécia: trabalhadores respondem com a 4ª Greve Geral

Desde a meia noite de hoje que a Grécia vive a sua quarta Greve Geral deste ano. É uma greve alargada e, durante 48h, barcos, autocarros, comboios, metro, administração pública, bancos, farmácias, hospitais e aviões estarão paralisados.

Os trabalhadores gregos, que ainda há duas semanas realizaram a última Greve Geral, decidiram de novo parar, desta vez por 2 dias, para contestar a implementação de novas medidas de austeridade. Só os trabalhadores do metro de Atenas é que farão greve apenas parcialmente para facilitar a mobilidade dos manifestantes.

As novas medidas de austeridade, no valor de 78 mil milhões de euros, são a contra partida ao desbloqueio da quinta parte do empréstimo, desta vez no valor de 12 mil milhões de euros. O primeiro ministro grego afirma que sem esse dinheiro a Grécia entrará em default (já agora, sobre este tema, ver Krugman).

Ainda há uma semana, o primeiro ministro grego exigiu um voto de confiança no parlamento, mas nos últimos dias houve deserções na sua maioria parlamentar e não é líquido que as medidas de austeridade sejam aprovadas. Tudo isto devido à enorme força dos trabalhadores gregos.

Esta Greve Geral foi convocada pelos sindicatos GSEE, com 472.000 membros, e Adedy, com 311 mil, e tem o apoio de milhares de pessoas que se têm manifestado nas ruas.

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