Greve Call Center da EDP
Na próxima semana os 800 trabalhadores do Call Center da EDP em Lisboa e Odivelas estarão em greve parcial pelos períodos das 10h às 12h e das 17h às 19h. Em causa está a forma de contratação, através da empresa de trabalho temporário Tempo Team, que mantém a maior parte dos trabalhadores tem o salário congelado há sete anos. A Tempo Team, como as ETTs em geral, fica com metade do salário dos trabalhadores. A EDP diz que esta greve não lhe diz respeito e remete-se ao silêncio.
Além das 4 horas de greve diárias, os trabalhadores recusam-se a cumprir o trabalho suplementar durante 2 semanas. Os trabalhadores exigem à EDP um aumento salarial de 30 euros mensais (estando a média dos salários fixa perto dos 600 euros). Exigem ainda uma melhoria nas condições de trabalho, reclamando a sua integração nos quadros da EDP. Os novos trabalhadores contratados pela Tempo Team recebem o salário mínimo nacional. Os custos da EDP em integrar estes trabalhadores nos seus quadros seriam irrisórios, pois pagam cerca do dobro daquilo que estes recebem. A opção é ideológica e a aposta na fragilização de quem trabalha óbvia. Se a Lei Contra a Precariedade estivesse em vigor, esta situação não seria possível e trabalhadoras e trabalhadores não poderiam ser explorados de forma subreptícia pela EDP e pela Tempo Team.
Esta greve foi convocada pelo SIESI – Sindicato das Indústrias Eléctricas Sul e Ilhas. O início do protesto está previsto para segunda-feira às 10h, quando os trabalhadores e trabalhadoras se concentrarão frente aos call centers na Póvoa de Santo Adrião, em Odivelas e na Defensores de Chaves, em Lisboa.
O movimento Precários Inflexíveis apoia esta greve e todos motivos que estão na base da sua convocatória, apelando à participação de todos os trabalhadores e à mobilização para as concentrações de protesto.







Mais nada!
Acho bem! E não devia ser 4h diárias, mas, isso sim, o tempo todo; dia todo.
A formação que a Tempo Team fornece, tanto para Call Centers, como Registo de Dados, é absolutamente medíocre. Aliás, como em todas as empresas.
Uma pessoa que vá para um call center, tem uma formação à pressa, onde não se aprende nada com tempo; não se dá material para «estudar» pois é tudo «confidencial», mas depois fazem exigências aos trabalhadores.
Deviam era exigir a eles próprios melhores métodos de formação.
Uma pessoa que trabalhe num call é super mal paga. Todos os dias é obrigada a actualizar-se; procedimentos mudam; etc. Uma pessoa tem de ser um robot.
Merda para eles, pá.
uma pouca vergonha a existência destas empresas subcontratadas tanto para call centers como d2d…
Sou trabalhador no call center de odivelas e fiz greve na semana passada e esta semana. É inademissivel que a Tempo Team receba mais do dobro por trabalhador do que aquilo que paga. eu faço part time de 5 horas ha uns 4 anos mas ha colegas que fazem 8 horas e nao sao aumentados ha 7 anos. Ja para nao falar no sistema de premios ou incentivos que é feito de forma a que muto poucos la cheguem.
So sabem é fazer joguinhos “motivacionais” a imitar o elo mais fraco que em nada nos motiva.
Faço greve e boicoto todas as iniciativas que tenham como objetivo tapar-nos os olhos e camuflar a miseria em que este call center (e outros) estao.
Greve as horas extra!!!
Os trabalhadores fazem muito bem em lutar para defender os seus direitos. Vivemos num país, em que é cada vez mais dificil dar uma vida condigna aos cidadãos porque o esforço é sempre feito pelos mesmos. Impostos mais altos, preços mais elevados, salários mais curtos e cada vez pior nível de vida. A retracção voluntária da economia traz contracção da economia. O esforço do governo devia ir no sentido de arranjar alternativas viáveis que estimulem o investimento e o crescimento do país. Não o de aniquilar o poder de compra dos seus cidadãos. Assim é fácil ser político.
P.S.: Não faz sentido nenhum dizer-se que as ETT ficam com metade do salário do trabalhador. É de quem não sabe o que está a dizer, e de quem nunca fez contas na vida. Peço perdão mas é um absurdo de todo o tamanho – E isto não vai contra o que referi anteriormente. É apenas em nome da coerência e contra o populismo de quem escreve o que quer para ter apoios virtuais.