Greve Geral da Função Pública
Dois dias depois do anúncio do plano de resgate da troika, abençoado pelo Governo, os sindicatos da função pública mobilizaram uma Greve Geral que afectou todos os serviços públicos, nomeadamente as Autarquias, Escolas, Centros de Saúde, Hospitais, Tribunais e Serviços da Segurança Social, assim como os Serviços de Recolha do Lixo.
Foi nestes últimos serviços que a greve se começou por se fazer sentir em primeiro lugar, em Lisboa a greve na recolha do lixo teve esta sexta-feira uma adesão de 70%, com apenas 25 dos 70 circuitos cumpridos. Os trabalhadores da limpeza urbana decidiram ainda prolongar até domingo a paralisação.
Na área da saúde os números indicam uma elevada adesão, a avaliar pelo que se verifica nos serviços de urgência de diversos hospitais: S.F.Xavier-100%; Santa Maria-85%; S.José-100%;Amadora-Sintra-100%;C.H.Aveiro-80%;C.H.Coimbra-85%;D.Estefânia-100%; Universitário de Coimbra-100%;Tondela-60%. Também no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM-Lisboa, a adesão é de 100%.
Também nas Escolas houve uma adesão muito importante que levou ao encerramento de 19 estabelecimentos de ensino, como salientou a sindicalista Ana Avoila: «algumas escolas» chegaram mesmo a encerrar portas, como a escola secundária Cristina Torres (zona centro, Coimbra). Deu ainda o exemplo da «forte» adesão à greve dos trabalhadores de outras escolas: «Na escola Gago Coutinho 97%, na Padre Cruz também 97%, na Pedro Santarém 95%, Fernando Namora 70% e a escola da Arruda em Setúbal chegou mesmo a encerrar».
É exigida uma mudança de rumo político para o país que garanta a defesa dos Serviços Públicos e dos trabalhadores deste sector. Os trabalhadores da Função Pública estão fartos de ser os alvos de sucessivos planos de austeridade e de políticas de direita que têm atacado as valiosas conquistas económicas e sociais alcançadas nas últimas décadas. Neste sentido esta Greve Geral é um primeiro passo, até nos vermos de novo na rua no dia 19 de Maio.
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