João Proença: um homem sempre de acordo…
Assinou por baixo a revisão do Código do Trabalho e -na defesa desta sua dificilmente justificável decisão – valem todos os argumentos.
É por isso que vem agora acudir-se a si próprio e aos colegas do “acordo”.
Em declarações à Lusa, João Proença vem agora dizer que o aumento do período experimental para 180 dias – previsto na revisão do Código do Trabalho – “favorece a empregabilidade”.
Por saber que a bota não bate com a perdigota, diz ainda que esta medida não vai “como muitos dizem” substituir os contratos a prazo.
Pois bem, nós somos desses e dessas -muitos e muitas – que dizem que esta é uma das inúmeras medidas deste novo Código do Trabalho, que visam legalizar a precariedade.
Duplicar a duração do período experimental é mais um truque baixo, para dar rédea solta aos patrões – tornar quem trabalha descartável e, sobretudo, infinitamente trocável por quem está, já ali ao lado, na crescente e desesperada fila do desemprego.
Estranhas opções, quando se fala “em nome” de trabalhadores e trabalhadoras!
Estranha adesão à linha de comunicação do Governo, que diz “combater a precariedade”, enquanto a legitima e legaliza!
Vale tudo, no país das impunidades, da precariedade e do desemprego.
Não há acordo para a precariedade!






