Lusa: "Alegre avisa que jamais aceitará um Código Laboral desfavorável aos trabalhadores"

“Lisboa, 14 Jul (Lusa) — O deputado socialista Manuel Alegre advertiu hoje que jamais aceitará um Código de Laboral que agrave uma situação desfavorável aos trabalhadores, dizendo esperar que o diploma do Governo se “equilibre” até à votação no Parlamento.
As palavras do deputado socialista foram proferidas na apresentação da revista “Ops!”, da corrente de opinião socialista, durante um debate em que esteve presente o secretário-geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva.
Numa plateia em que estiveram presentes renovadores comunistas como Paulo Sucena e Cipriano Justo, o ex-candidato presidencial independente lembrou que se opôs ao Código de Trabalho do ex-ministro Bagão Félix, do Governo PSD/CDS-PP liderado por Durão Barroso.
“Em vários artigos, defendi que esse Código de Trabalho fragilizava a contratação colectiva e os sindicatos. Estamos hoje num novo período, com uma nova proposta de Código de Trabalho”, referiu, antes de deixar o seguinte aviso ao executivo e ao PS.
“Como socialista jamais poderei aceitar um Código Laboral que agrave ou mantenha uma situação de desfavor nas relações laborais contra os trabalhadores. Isso é impensável para qualquer socialista”, declarou.
O vice-presidente da Assembleia da República afirmou depois esperar que, até ao momento da votação do Código de Trabalho no Parlamento, a proposta do Governo “adopte soluções de reequilíbrio”.
“Flexibilizar os horários, não pagar horas extraordinárias, a caducidade da contratação colectiva e fragilizarem-se as organizações sindicais podem favorecer um dos lados na relação de trabalho, mas desfavorece os trabalhadores”, advogou.
Manuel Alegre criticou ainda o “mito da competitividade” inerente ao discurso político da actualidade.
“O problema da competitividade não está apenas num lado. Está também na organização dos trabalho por parque de muitos gestores e empresários que continuam a apostar num modelo de desenvolvimento ultrapassado, porque baseado nos baixos salários e no trabalho não qualificado”, contrapôs o ex-candidato à liderança do PS.”
Fonte: Lusa
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