Marcha Mundial das Mulheres foi à Amadora

Tendo saído do Curdistão no dia 6 de Março e atravessado quase 20 países, a Marcha Mundial das Mulheres chegou ontem à Amadora antes de terminar o seu grande percurso com a manifestação de sábado em Lisboa. A Associação de Combate à Precariedade, apoiante desta marcha esteve presente na Cova da Moura, onde se discutiu a violência utilizada no município da Amadora contra as populações mais pobres nos despejos e repressão policial, com particular incidência sobre as mulheres.

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A Marcha Mundial das Mulheres atravessou o continente europeu a partir do Curdistão e terminando em Lisboa: Turquia, Grécia, Bulgária, Roménia, Sérvia, Kosovo, Bósnia, Croácia, Áustria, Suíça, França, Bélgica, Alemanha, Polónia, Itália, Estado Espanhol (Catalunha, País, Basco, Galiza, Portugal. Dezenas de activistas feministas fizeram este percurso de denúncia e solidariedade com as mulheres de todos estes países, numa experiência riquíssima de partilha e camaradagem.

Ontem, na Amadora, o percurso começou no Bairro de Santa Filomena, alvo das mais violentas acções policiais, de despejos e demolições que a Associação de Combate à Precariedade sempre condenou, seguiu para o Bairro 6 de Maio onde a Câmara Municipal pretende instalar o próximo cenário de guerrilha urbana no concelho, e terminou no Bairro da Cova da Moura, onde houve debates sobre o direito à habitação e os despejos, a violência do género, a segregação e intervenções culturais com as Mulheres do Batuque e a Associação Moinho da Juventude.

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No próximo sábado encerra a Marcha Mundial das Mulheres 2015. Na Reitoria da Universidade Nova da Lisboa, em Campolide, a partir das 10h30 haverá uma assembleia sobre Mulheres e Guerras, com Mina Damnjanovic (Sérvia), Shahd Wadi (Palestina), Graça Samo (Moçambique), Yildiz Temurturkan (Turquia), Sultan Safak (Curdistão) e Abeer Hassaf (Síria, via skype). Às 17h00 a partir do campus de Campolide a marcha sairá às ruas de Lisboa.

Em Portugal, a Marcha Mundial das Mulheres 2015 teve o apoio de: Marcha Mundial das Mulheres – Portugal, Associação Comunidária, Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, Associação Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais, CIDAC – Centro de Informação para o Desenvolvimento Amilcar Cabral, Colectivo A matilha, GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, Habita – Associação pelo direito à habitação e à cidade, Jornal Mapa, Rede de Mulheres da Pesca dos Açores, República Marias do Loureiro, SOS Racismo, UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, UMAR-Açores, UMAR-Coimbra.

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