Medina Carreira vislumbra a precariedade no horizonte
Medina Carreia afirma hoje ao Público que “Se o Estado social for sendo posto em causa e levando machadadas, chegaremos a 2015 ou 2020 numa situação de grande precariedade”. Saudamos que com mais de um milhão e duzentos mil desempregados, e cerca de 2 milhões de trabalhadores precários, o ex-ministro consiga vislumbrar que, talvez lá para 2015 ou 2020, Portugal, ou os que cá vivem, esteja numa situação de grande precariedade.
Perante a situação inesperada (a tal precariedade), o experiente comentador avança uma de duas soluções pragmáticas: “Ou pomos a economia a crescer ou reduzimos as despesas sociais”, concluindo no entanto que afinal, com o “actual programa da troika, pôr a economia a crescer “é uma miragem””.
Para que não ficassem dúvidas da racionalidade e abrangência da análise, Medina Carreira revelou ainda a virtude da crise económica (e da transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos) ter feito com que a maioria dos cidadãos e cidadãs esteja agora muito mais próxima da sua condição natural: a pobreza, o desemprego (ou a precariedade, acrescentamos nós, apesar de para si ser um fenómeno ainda em eclosão). Para Medina Carreira, a crise é “a virtude de nos colocar a viver mais próximos do que valemos”.
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Este homem é dos poucos em Portugal que tem a coragem de dizer a verdade. Penso que o que ele quis dizer é que se não forem feitas correcções ao modelo actual, ou se não houver crescimento económico, o estado social, tal como o conhecemos, não passará de 2015/2020.
Cumps,
Eu só acredito neste quadro do regime, quando fizer uma autocritica credivel do seu comportamento neste e no anterior regime, e quais os seus proveitos e donde lhe vieram. O seu percurso é igual aos que nos governam, como já está para ir para o alem dedica-se a dizer “verdades” que agradam aos escravos e invejosos; nunca o ouvi a apelar á revolts dos trabalhadores e pensionistas roubados pelo tridores e ladrões de Portugal