Mini-jobs: a adorável moda alemã que está a invadir Espanha

559729_570520346292072_1741124778_nAinda não ouviste falar de minijobs? É uma ideia alemã que tem sido aplicada desde há anos e que tem mascarado os números do desemprego, pois não são bem trabalhos… são minijobs, com mini pagamento e mini direitos.

Londres já aderiu a esta moda e agora é a vez do Governo de Rajoy usar este artifício para fingir que o desemprego é menor.

Vejamos o que é um mini-job: a ideia é simples, são trabalhos de baixa remuneração, com um máximo de 15 horas semanais e em que os patrões podem pagar menos, muito menos, segurança social pelos trabalhadores. Não são bem part-times, são mini-part-times e com menos direitos. Para além disso a precariedade é total, porque os contratos são de curtíssima duração. Este artifício destina-se, principalmente,  aos trabalhadores mais jovens.

Na Alemanha estima-se que já haja mais de 6,8 milhões de pessoas a trabalhar nestas condições e de acordo com vários especialistas os mini-jobs retiram pessoas das estatísticas do desemprego, mas trancam-nas em empregos precários e de baixos salários.

Em Portugal a JSD já propôs a criação de mini-jobs, no ano passado, para “criar um modelo de novos recibos, chamados mini jobs, para que os estudantes possam, e outras pessoas que estão desempregadas, trabalhar algumas horas por semana”, mas sem “a grande carga burocrática e fiscal”. Num país em que precários e desempregados já ultrapassam largamente a metade de toda a população activa, em que o salário mínimo é de 485€ e a precariedade como regra nas relações laborais, a maioria dos “jobs” já são “mini”.

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