O teatro de Passos Coelho e Sócrates :: O Desemprego
– Redução do subsídio de desemprego: ao ser criado um novo limite máximo (75% do salário líquido) visa obrigar os desempregados a aceitar empregos a qualquer preço. Os impactos destas medidas induzem uma redução generalizada dos salários.
– Medidas restritivas sobre o rendimento social de inserção (RSI) que, a pretexto de abusos existentes, irão reforçar o carácter estigmatizante de apoios e prestações destinadas a combater a pobreza. Mas tal como apontou o Sociólogo Eduardo Vítor Rodrigues, professor e investigador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto apenas 23% dos mais de 400 mil beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) são “empregáveis“. Consubstancia-se apenas numa medida ideológica de perseguição aos mais fracos em vez de uma verdadeira política económica.
– Sócrates eliminou 8 das medidas adicionais de apoio aos desempregados que visavam, ainda que de uma forma frágil, agir sobre a crise com uma política pública. Exemplo: voltou a aumentar o prazo de garantia para atribuição do subsídio de desemprego.
Passos Coelho ataca o investimento público num quadro de fraco investimento privado e onde se instalou uma classe empresarial habituada a extrair lucros dos salários dos trabalhadores e dos apoios do Estado. Sócrates, por seu lado, age sobre as prestações sociais fazendo a “tesoura” que comprime as condições de quem vive do seu trabalho. Eles trabalham bem, trabalham juntos e em alternância mas sem alternativa.
Ver:
Desempregados até aos 60 a fazer trabalho social
PSD acusa Governo de estar «sem estratégia» para «calamidade social» do desemprego






