OIT: precários em Portugal recebem menos 40%

Screenshot from 2015-05-19 11:05:56De acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho divulgado esta terça-feira, os trabalhadores com contratos precários em Portugal recebem apenas 60% do salário dos trabalhadores com contratos sem termo.

Esta tendência verifica-se em todos os países da União Europeia que foram analisados, confirmando que a precariedade é sempre pior para os trabalhadores, desmentindo o que defendem os ultra liberais que defendem que os salários dos precários só podem ser mais altos para internalizar o custo da insegurança laboral.

Curiosamente, e apesar de Portugal apresentar dos maiores indíces de desigualdade da UE, a desigualdade entre trabalhadores permanentes e entre trabalhadores precários não ultrapassa os 10%, o que significa que a classe dos trabalhadores é relativamente homogénea e que apenas os administradores, empresários e quem vive de rendimentos é que faz disparar as desigualdades. Somos mesmo 99%.

Nas estatísticas vê-se também claramente que em Portugal a Segurança Social representa uma fatia considerável do rendimento dos trabalhadores precários quando comparado com os permanentes. Esta constatação faz sentido, porque quem é precário está mais vezes sujeito a situações de desemprego, podendo ser apoiado com subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego, ou mesmo RSI, caso o seu salário seja miserável.

Aliás, se a taxa de pobreza em Portugal se cifra perto dos 20%, verifica-se que nos trabalhadores permanentes não vai além dos 10% e nos precários quase atinge os 25%.

Um em cada quatro precários é pobre.

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