Opinião::Secos e Molhados
Hoje existe uma nova manifestação. Membros da organização dizem que “estamos bem pior que em 1989 e a desmotivação é muito maior. A responsabilidade é só deste Governo». António Ramos refere ainda que actualmente há medo na PSP, e mesmo assim acredita numa grande participação no protesto desta tarde.
Os polícias “Têm medo de dar a cara porque isto depois tem influência e temos vários dirigentes com processos disciplinares“.
As forças policiais são muitas vezes enviadas para “acalmar” os trabalhadores em greve, em piquete, ou até para acabar de forma violenta com ocupações pacíficas. Não podemos aceitar que homens e mulheres da polícia, precários como tantos outros, com vidas difíceis, aceitem que é normal no decorrer do seu trabalho agredir e reprimir expressões de liberdade, de organização e de intervenção dos trabalhadores como não aceitamos a violência de polícias em funções sobre outros que se manifestam.
Mas para isto, desde já, precisamos que a polícia seja contaminada pela liberdade de expressão que os seus trabalhadores não têm. É preciso que as vozes dos direitos dos homens e mulheres que trabalham na polícia sejam ouvidas enquanto pessoas e trabalhadores, que se formem consciências e se organizem para defender os seus próprios direitos e espaços de liberdade de expressão. É a liberdade dentro da polícia que poderá contrapor a um momento em que os governos e o poder instrumentalizam essa força como, força de repressão sobre a (des)ordem social.
rUImAIA
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