Papelaria Fernandes sacode trabalhadores do capote

A Papelaria Fernandes é mais um caso de insucesso da gestão privada que resultou em prejuízos de milhões de euros. Agora, os accionistas e a sua administração, aproveitam a boa onda do governo com os patrões delinquentes e preparam-se para fazer reset às suas contas através de despedimentos. No entanto, querem aumentar o número de lojas e funcionários e continuar a vender.

A empresa planeia pedir a insolvência, e de caminho, estranhamente ou não, quer manter ou aumentar o número de lojas e trabalhadores. A marca PF também será para manter. Os accionistas e administração da Papelaria Fernandes preparam-se para mandar para o desemprego cerca de 25% da sua força de trabalho enquanto contratam novos trabalhadores precários? Muito provavelmente.

Veremos o que os Ministérios do Trabalho e da Economia, bem como a ACT, têm a dizer em relação a este caso, onde figuram accionistas como Joe Berardo ou a Fundação Ernesto Lourenço Estrada (com ligações ao Grupo Soares da Costa – Construção e Obras Públicas).


Expresso: Vai haver despedimentos?
Presidente da Papelaria Fernandes: Hoje temos 370 colaboradores. Em velocidade de cruzeiro, o nosso projecto necessitará de mais. Alguns trabalhadores estão à beira da reforma, outros poderão ser reconvertidos.

Expresso: Mas quantos é que pensa que serão dispensados?
Presidente da Papelaria Fernandes: É difícil precisar. Menos de 100 pessoas. Mas o que é importante perceber é que, com as admissões que estão previstas, não vamos reduzir o número de efectivos.

Ver aqui entrevista completa.

Principais accionistas da Papelaria Fernandes: Fundação Ernesto Lourenço Estrada, José Morgado Henriques e Joe Berardo

Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather