Passos Coelho não diz se haverá mais austeridade

Foto: Parlamento Global
Durante uma visita à Unidade Especial de Polícia o Primeiro-ministro recusou-se a garantir que não iria tomar mais medidas de austeridade.”Não comento afirmações seja de quem for ou ao nível dos sindicatos ou de outras forças políticas” – disse Passos Coelho aos jornalistas que lhe pediram para tomar posição sobre o que João Proença da UGT havia dito (ver notícia aqui). E Passos não rejeita mais austeridade porque sabe que é óbvio que a irá aplicar, dê por onde der.

Mas João Proença, apesar de vir agora defender que “nada justifica mais austeridade”, não pode deixar de ser apontado como responsável pela assinatura de um acordo com o Governo e com os patrões que permitiu duríssimas alterações ao Código do Trabalho que causaram uma enorme redução do vencimento de quem trabalha, para além de permitirem a todos os patrões despedirem sem justa causa de os trabalhadores e as trabalhadoras não alcançarem os “objetivos” que foram definidos.


Se o Orçamento de Estado de 2012 (ver vídeo do movimento Precários Inflexíveis a explicar o OE2012 aqui) foi destruidor para o país, e tendo em conta que o Tribunal Constitucional impediu que o Governo repita o corte no 13º e 14º salários da função pública e dos pensionistas, o Orçamento de Estado de 2013 que irá ser apresentado em Outubro vai ser ainda mais destrutivo, pois o Governo tentará atingir os 3% de défice sem olhar a meios. Esta ação deverá tornar inviável a proteção no desemprego, a Escola Pública e o Serviço Nacional de Saúde.

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