Patrões: mexeram em tudo na lei do trabalho, agora ameaçam com manif se subir salário mínimo
António Saraiva, presidente da CIP, afirmou em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios que os patrões até estão disponíveis para um aumento do salário mínimo, mas se não houver mexidas nas leis do trabalho.
Saraiva chega mesmo a dizer que se o governo decidir mexer na lei laboral os patrões podem ter de sair à rua em manifestação.
Os patrões passam então ao ataque e exigem que o aumento do salário mínimo até aos 600€ no final da legislatura tenha como contrapartida a cristalização das leis laborais que a troika e o governo PSD/CDS impuseram.
Relembre-se que nos últimos 4 anos a lei do trabalho foi mexida para diminuir o custo do trabalho e das horas extra, aumentar a precariedade e facilitar os despedimentos, tornando-os muito mais fáceis e muito mais baratos.
Os patrões gostaram dessas alterações e durante esse tempo todas as semanas pediam mais e mais alterações ao trabalho. Agora querem criar uma barricada nessas posições, usando o salário mínimo como moeda de troca.
Mas tanto as alterações na lei do trabalho para voltar o princípio do tratamento mais favorável do trabalhador por ser a parte mais fraca da relação laboral, como o aumento do salário mínimo são partes do acordo que sustenta a maioria que apoia o governo e, ainda por cima, têm o ok dos sindicatos no conselho económico e social.
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Este António Saraiva se fosse sério denunciava estas empresas “XicosEspertos” . Empresas que não podem pagar uns míseros 600 euro não sei como ainda estão a laborar. Agora não mexer nas leis laborais e aumentar o salário mínimo para os 600 euro é de “Xico Esperto” pois no final com as leis existentes conseguem dar a volta aos 600 euro entretendo e explorando o trabalhador a seu belo prazer e muitas vezes não pagando um “tusto”.