Profs. contratados recusam prova de Crato, Fenprof marca greve à prova
Ontem centenas de professores contratados, os precários da Escola Pública, manifestaram-se em Lisboa, Braga, Coimbra, Santarém e Évora para contestarem a prova que Nuno Crato, Ministro da Educação, lhes quer impor.
Frente à Assembleia da República os professores queimaram os seus certificados de habilitações porque é inadmissível que o Estado não reconheça esse documento e imponha uma prova para supostamente verificar os conhecimentos dos professores.
Mais, Crato quer que cada professor que se candidata pague 20€, ou seja, o Governo ganha um milhão de euros com os professores desempregados. Imagine-se o que era se Belmiro de Azevedo impusesse uma taxa de 20€ para concorrer ao emprego de caixa no supermercado Continente. Crato está para além de tudo.
O que todos sabem é que a saída de professores contratados da Escola Pública devido ao regime de austeridade está a ser cada vez mais difícil de explicar e, por isso, Nuno Crato inventa agora uma prova que dá cobertura ao despedimento de dezenas de milhares de professores e professoras. Se a prova for para a frente para o ano que vem o que teremos não é um despedimento de milhares de professores, mas simplesmente professores que não atingiram uma nota mínima num exame de quem os quer despedir.
A desfaçatez não tem limites e por detrás de uma medida criada, supostamente, para proteger os alunos de professores mal preparados, o que temos é uma medida que tornará pior a Escola Pública com menos professores e mais alunos por turma.
A Fenprof anunciou ontem uma greve para o dia da avaliação dos professores porque esta prova é uma “falta de consideração” pelas instituições do ensino superior e “falta de confiança nos professores”.
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