Protesto da “Geração à Rasca” foi há 4 anos
«Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal. Protestamos» dizia o evento que convocou manifestações por todo o país e no estrangeiro.
Dias antes, os Deolinda tinham lançado no Coliseu uma canção que falava sobre a precariedade: “Parva que sou”. A música ficou viral nas redes sociais e deu o mote para a rejeição da precariedade e do futuro sem futuro.
Esta manifestação gigantesca com mais de 400 mil pessoas criticava também as primeiras medidas do regime de austeridade que o governo de Sócrates ia impondo através dos famosos PEC’s.
Meses depois, o Movimento 12 de Março, os Precários Inflexíveis, o FERVE e os Intermitentes do Espectáculo e do Audio Visual lançaram uma Lei Contra a Precariedade que recolheu dezenas de milhares de assinaturas e que alterou a legislação dos falsos recibos verdes.
Há 4 anos iniciava-se o caminho das mega manifestações que recusaram o regime de austeridade e ainda temos muito que andar.
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