Recessão – Depressão

No próximo trimestre a zona euro entrará, provavelmente, em recessão, com o arrasto da Alemanha que apresentou um crescimento de apenas 0.3%.
O estudo da Markit Economics, chamado Purchasing Managers Index, revela que pelo sétimo mês consecutivo, há uma estagnação e diminuição do sector privado na zona euro. A novidade do mês de agosto é a diminuição das vendas da Alemanha.
Em toda a zona euro tem-se verificado uma diminuição da produção e um aumento da destruição de emprego, que conduzem, inevitavelmente, à recessão (definida pela existência de dois trimestres consecutivos de crescimento negativo). Este crescimento negativo aconteceu no primeiro trimestre do ano (com a queda de 0.2% do PIB da zona euro), e, se se verificarem os valores previstos para o terceiro trimestre, haverá uma nova queda de 0.5% ou 0.6% do PIB da região.
Nos últimos meses, a Alemanha, que tem a maior economia da Europa, tem segurado os números da zona euro, evitando uma queda mais precipitada, mas, para o chefe da pesquisa, Chris Williamson, “a maior preocupação é que a queda na Alemanha se torne mais acentuada”. Foi recentemente confirmado o crescimento de apenas 0.3% no segundo trimestre do ano para a Alemanha (que se mantém positivo apenas pela permanência de alguma exportações e pelo consumo privado), mas o estudo aponta que este país também será arrastada para a recessão. Rob Dobson, economista da Markit, deixa em tom de aviso “será necessário um grande balanço em setembro para alterar isto [recessão] em outubro”,
Esta é a confirmação de que as medidas de austeridade estão, efectivamente, a conduzir a Europa à recessão económica. O aumento da competitividade, a destruição de emprego e a diminuição da produção, todas elas medidas defendidas pelos governos da Alemanha de Angela Merkel ou de Portugal de Passos Coelho, mais não fazem que conduzir-nos à recessão.
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