Rede 8 de Março |Este 25 Novembro, vamos pintar um mural contra a violência machista!
A Rede 8 de Março, organização que junta diversos colectivos como a Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, vai pintar um muro que fica na Avenida das Forças Armadas, frente à Cantina Nova/entrada lateral do ISCTE, com início às 9h. Vem e participa! Todas as pessoas são bem-vindas.
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No próximo dia 25 de Novembro, assinala-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Nesse dia, o movimento feminista Rede 8 de Março* organiza uma ação pública reivindicando o fim da violência machista que todos os dias assedia e violenta de variadas formas as mulheres que vivem neste país e por todo o mundo.
Com o apoio da Galeria de Arte Urbana do Departamento de Património Cultural da Câmara Municipal de Lisboa, pintaremos um mural político na Avenida das Forças Armadas, no muro frente à Cantina Nova, às 9h, para que a exigência do fim da violência contra as mulheres fique gravada nas paredes da cidade recordando as pessoas que se trata de um problema que nos afeta a todas/os e a todas/os cabe a responsabilidade de agir.
Esta violência instalada na sociedade atual, ainda tão marcada pelo sexismo e pela desigualdade de género, é também responsável, todos os anos, pelo assassinato de dezenas de mulheres pelos seus maridos, ex-maridos, companheiros e ex-companheiros.
A violência doméstica em Portugal é sobretudo uma violência de género, rodeada de um silêncio ensurdecedor.
Este ano foram já assassinadas 32 mulheres, na sua maioria, de forma brutal. Mães, filhas, avós, cuja morte, noticiada nos telejornais, chocou muita gente e provocou muitos comentários de indignação. Porém, também houve aplausos para os agressores e assassinos à porta dos tribunais, algo que apenas revela o quão doente de crueldade e machismo está esta sociedade portuguesa.
Precisamos de medidas rápidas e eficazes para mudar esta realidade. Precisamos de polícias e juízes com formação adequada, meios e apoios para proteger as mulheres vítimas de violência, as famílias despedaçadas e as crianças e jovens que ficam órfãos, e também de uma nova campanha pública nacional de sensibilização e de chamada à responsabilidade, convocando cada cidadã/cidadão deste país a não ser cúmplice ou culpado de violência contra as mulheres.
Neste momento, a todo o momento, nem imaginamos o número de mulheres que estão a ser violentadas. Desde as que são assediadas na rua constantemente, às que são batidas pelos seus maridos e namorados, às que são perseguidas pelo patrão, às que são discriminadas porque não seguem os padrões identitários ou sexuais dominantes ou porque são pobres ou trabalhadoras precárias ou imigrantes ou trabalhadoras do sexo, milhares de mulheres estão em risco e vivem numa condição cidadã inferior, porque a sua liberdade e dignidade lhes é negada.
Fim da violência machista!






