Relatório do FMI abre crise na coligação e deputados da maioria temem novo 15 setembro

FMI fora daqui!
FMI fora daqui!

Depois de Carlos Moedas ter vindo defender que o relatório do Fundo Monetário Internacional (vê aqui o texto do relatório em inglês) que propõe o corte de 4 mil milhões de euros nas funções do Estado dizendo que estava “muito bem feito” e afirmando que o Governo “não elimina” nenhuma medida percebemos que as palavras de Mota Soares momentos antes (“não é uma versão final […] o relatório parte de pressupostos errados”) indicavam uma nova crise na coligação. Pelo seu lado, Carlos Carreiras, histórico do PSD, pediu a demissão de Carlos Moedas pelas declarações que havia dado. Na verdade, ao que noticiam os jornais, há um enorme mau estar nas bancadas da maioria PSD/CDS-PP devido ao relatório.

E o caso não é para menos, pois o FMI propõe o ataque final ao Estado Social em Portugal. Menos 20% de funcionários públicos (140 mil pessoas para o desemprego), corte permanente de 7% do salário de 750 mil funcionários públicos, subida das taxas moderadoras que já impedem muita gente de se dirigir aos hospitais porque já custam 30€, a retirada do abono de família de 280 mil pessoas, o corte violento de 20% dos valores das pensões, o corte de 50 mil professores na Escola Pública e a redução brutal do subsídio de desemprego (vê aqui o resumo das medidas).

O Governo de Passos Coelho e Paulo Portas quis começar o tal debate da “refundação do Estado” com a proposta mais violenta de todas e já há vozes próximas do Governo a temem um novo 15 de setembro.

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