Vitalino Canas não percebe…

Vitalino Canas, ex-Porta-Voz do PS, não tem mãos a medir. Segundo a TSF, o número de queixas sobre trabalho temporário com consequente pedido de ajuda ao Provedor do Trabalhador Temporário triplicaram em 2009. Homem do Secretariado Nacional do PS (e que chegou a defender as ETT na Assembleia da República), o Provedor do Trabalhador Temporário atribui este aumento à Internet (choque tecnológico?) e ao encerramento de empresas.

Como seria de esperar, foram as questões sobre o tipo de vínculo laboral que dominaram as queixas, nomeadamente a cessação de contratos por iniciativa do empregador e o pagamento de férias e subsídios. Curioso não deixa de ser o facto de Vitalino Canas assumir por portas travessas, que as empresas, em situação de dificuldade económica perante a crise, tomam a opção fácil de se sustentar com base no incumprimento da lei laboral, penalizando de imediato os trabalhadores das ETTs: «também a situação do mercado de trabalho temporário» contribuiu para este aumento, «uma vez que 2009 foi um ano difícil neste sector, com o aumento do desemprego e com o encerramento das empresas».

Entre as queixas dirigidas ao Provedor do Trabalho Temporário há mais mulheres do que homens, mas Vitalino Canas não consegue perceber porquê, o que demonstra bem a utilidade bizarra desta figura criada pelas próprias empresas que fiscaliza.
O Provedor do Trabalho Temporário lamentou ainda não ter tipo qualquer resposta das empresas faltosas.  Provavelmente também não percebe porquê.
Ver:

Pedidos de ajuda ao Provedor do Trabalhador Temporário triplicaram

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