15 empresas mundiais que ganharam com a escravatura
O filme “12 anos escravo” ganhou o Óscar de melhor filme de 2013 e isso cria as condições para voltarmos a pensar a escravatura. O abolicionismo, enquanto movimento político que queria a abolição da escravatura e do comércio de escravos começou no século XVIII, partindo das ideias do Iluminismo. Em Portugal foi o Marquês de Pombal que aboliu a escravidão em 1761, mas nas colónias na América e em África manteve-se. Só no início do século XIX é que o comércio de escravos foi proibido e em 1854 todas as pessoas que trabalhavam como escravos foram libertadas. Hoje, muitos emigrantes portugueses caem em redes modernas que os tratam como escravos e há vários casos de imigrantes em Portugal a sofrer as mesmas condições.
No Estados Unidos da América o movimento abolicionista começou em 1830 e só em 1865, com o final da Guerra Civil, é que a Declaração de Emancipação de Abraham Lincoln (1863) teve efeito, através da ratificação da 13.º Emenda da Constituição Americana que proíbe a escravatura. Na altura, os esclavagistas mantinham o argumento de que era impossível manter o nível de bem estar das sociedades modernas sem trabalho escravo.
O Atlanta Black Star lançou recentemente um artigo que enuncia 15 grandes empresas que se construíram usando trabalho escravo. Apresentamos algumas que talvez conheças aqui:
Lehman Brothers, o império deste banco de investimento começou com comércio de escravos. Em 2005 pediram desculpa.
Aetna, Inc., a maior seguradora de saúde dos EUA pediu desculpa em 2002 por nos 1850’s segurar a morte de escravos. Ou seja, vendiam um seguro que pagava ao esclavagista um prémio quando um escravo morria.
JPMorgan Chase, o maior banco dos EUA é o resultado de várias aquisições e fusões de bancos e dois deles, Citizens Bank e o Canal Bank da Louisiana, aceitaram 13 mil escravos como garantia de vários empréstimos entre 1831 e 1865.
Barclays, o banco inglês multinacional confessou ter estado envolvido em comércio de escravos no século XIX.
AIG, a American International Group comprou a U.S. Life que tinha nas suas contas a venda de seguros pela vida dos escravos.
USA Today, o maior jornal diário de tiragem nacional é publicado pela Gannett Company que se chamava antes E.W. Scripps and Gannett e estava ligada ao tráfico de escravos.
New York Life, a maior seguradora do segmento vida na América do Norte também fazia seguros sobre a vida dos escravos.
N M Rothschild & Sons Bank em Londres, este banco inglês foi criado por Nathan Mayer Rothschild que fez a sua primeira fortuna pelo comércio de escravos.
A Canadian National Railway Company avaliou as suas perdas financeiras causadas pela emancipação dos seus escravos em mais de 2,2 milhões de dólares, a preços correntes.