A DEMOCRACIA: QUE FUTURO? :: Quinta-feira 23/02, 18:30, no Projecto-Lei
“O declínio da participação política, o desinteresse pela vida pública, a desconfiança nas instituições são alguns dos sintomas que afectam o funcionamento das democracias contemporâneas. Vários autores consideraram estes fenómenos o reflexo da crise das democracias representativas, evidenciando a transformação do papel dos partidos como uma das principais causas.
Na presente conjuntura parece-nos oportuno questionar as dimensões de transformação das democracias contemporânea, evidenciando os principais factores responsáveis pelas continuidades e rupturas dos regimes representativos. Iremos portanto evidenciar como as democracias têm tido dificuldade em respeitar regras de inclusividade e de responsabilização a partir do momento em que tiveram dificuldades em cumprir as suas principais promessas. De seguida, pretende-se levantar o debate acerca das seguintes questões: será o futuro da democracia caracterizado por um regresso ao passado, através da restrição das liberdades e dos direitos que se afirmaram depois da II guerra mundial? Será a democracia – entendida como um pleno envolvimento dos cidadãos na vida pública e uma redução das desigualdades – uma causa perdida?”
Marco Lisi
Marco Lisi – Breve nota biográfica
Mestre em ciência política pelo ISCTE (2003) e doutorado em ciência política pela Universidade de Florença (2007). Leccionou na Universidade Lusófona e no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa onde desenvolveu um projecto de pós-doutoramento entre 2007 e 2011 sobre volatilidade eleitoral e os efeitos das campanhas eleitorais. Foi visiting scholar na Ohio State University em 2008 e 2010.
Actualmente é professor auxiliar no Departamento de Estudos Políticos da Universidade Nova de Lisboa. Tem publicado vários artigos sobre partidos e comportamento eleitoral em revistas nacionais e estrangeiras. A sua obra mais recente é a monografia “Os partidos políticos em Portugal: transformação e continuidade”, publicada pela Almedina (2011). Os seus principais interesses de investigação são partidos políticos, comportamento eleitoral, campanhas eleitorais e teoria da democracia.»