A propósito dos 20 anos do genocidío no Ruanda
Desde 1990 que as políticas impostas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial ao Ruanda, através de um Programa de Ajustamento Estrutural, levaram a uma queda nos rendimentos e ao aumento dos preços da alimentação e combustíveis, especialmente depois da abertura dos mercados às importações. Os agricultores locais foram atirados para a pobreza absoluta.
Desde 1991 que tinham começado os massacres-ensaio liderados pela ditadura e justificando-se pela pobreza em que viviam as comunidades. Em 1992 o FMI implementou um pacote de privatizações de serviços públicos essenciais, que o regime do ditador Habyarimana aprovou.
Com o dinheiro do empréstimo o governo comprou armamento à França e aumentou o seu exército, triplicando os gastos militares até 1994. Desde 1993 que o FMI e o BM sabiam que o dinheiro que forneciam era usado para comprar armas. O genocídio do Ruanda começou pouco tempo depois. Morreu quase um milhão de pessoas. O FMI exigiu que o empréstimo feito ao ditador Habyarimana fosse devolvido com juros. Além das mortes.
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