Banqueiros com dinheiro público nos bolsos preparam-se para despedir
O número de contratados a prazo dispensados pode chegar a 2000. Os sindicatos consideram a situação inaceitável, dados os apoios que a banca tem recebido do Estado português.
Na carta enviada a José Sócrates, os sindicatos – do Norte, Centro e Sul e Ilhas – sustentam que a dispensa dos contratados a prazo “é inaceitável porque, até agora, a banca foi apoiada como nenhum outro sector de actividade”. As estruturas sindicais alegam ainda que a banca está a ser “oportunista”, uma vez que as instituições financeiras não estão a registar prejuízos, mas apenas uma diminuição de lucros.
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O presidente do Sindicato dos Bancários do Norte, Mário Mourão, disse ao PÚBLICO que a dispensa destes trabalhadores é ainda mais injusta pelo facto de, no sector bancário, os contratados a termo estarem a assegurar trabalho permanente e não temporário.
O gabinete do primeiro-ministro confirmou a recepção da carta e informou os sindicatos de que a mesma tinha sido enviada para o ministério competente.
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O PÚBLICO contactou os maiores bancos, mas as respostas que obteve foram no sentido de que não há alterações em relação às práticas já anteriormente seguidas pelos bancos, e de que a não renovação dos contratos acontece depois de processos regulares de avaliação, não tendo directamente a ver com a crise.
21.02.2009, Rosa Soares
Fonte: Edição Impressa do Público