Brasil: o Gigante Acordou
O protesto contra o aumento do passe dos transportes que começou há uma semana em São Paulo transformou-se num protesto generalizado contra a violência policial, os gastos públicos com o campeonato do mundo, a pobreza, a corrupção e um modelo social e económico que vive da desigualdade e da injustiça social. Ontem o Brasil levantou-se em massa: em Brasília os manifestantes ocuparam o telhado Congresso (equivalente ao Parlamento), no Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Maceió, Curitiba, Belém do Pará e outras cidades, centenas de milhares saíram às ruas. O gigante acordou.

No centro destas convocatórias está o Movimento Passe Livre em São Paulo, que deu o pontapé de saída. Fortemente reprimido nas primeiras vezes que saiu à rua, viu a violência policial aumentar a força dos seus protestos, uma vez que o uso indiscriminado de violência e repressão sobre os manifestantes provocou uma onda generalizada de indignação. A violência sobre a imprensa que cobria os eventos provocou ainda uma elevadíssima repercussão mediática, que ontem viu os protestos atingir o seu pico, já não somente em São Paulo, mas em todo o país.
Especificamente sobre o aumento dos transportes, há concentração de um monopólio nas mãos das empresas de autocarros, que têm financiado com elevadas somas os partidos do poder, nomeadamente o presidente da câmara de São Paulo, Haddad. A imposição de aumentos viu elevada contestação popular, não apenas devido ao aumento em si (de 3 reais para 3,2 reais), senão à péssima qualidade do serviço e à arbitrariedade do aumento unilateral para uma população com elevadas dificuldades e que choca directamente com os gastos multimilionários com a Copa do Mundo (em contraste com os cortes e falta de investimento em serviços públicos). Como os próprios manifestantes dizem por todo o país: “Não é por centavos. É por direitos.”.
Ontem em Brasília, na inauguração da Copa das Confederações, Dilma Roussef foi interrompida pelas vaias da multidão presente no Estádio Nacional Mané Garrincha, enquanto no exterior do Estádio a Polícia Militar e a Tropa de Choque fazia o que vem fazendo há vários dias nas manifestações que atravessam o país: atacar uma manifestação contra os gastos públicos com o evento com gás lacrimogéneo e balas de borracha.
A noite viu chegar as maiores manifestações de que há memória no Brasil. Em São Paulo os manifestantes cortaram uma importante ponte de acesso à cidade, a Ponte Estaiada, no Rio de Janeiro produziu-se a maior manifestação desde 1968 contra a ditadura militar, em Belo Horizonte houve grandes confrontos com a polícia e em Brasília os manifestantes ocuparam o tecto do Congresso Nacional (Parlamento Brasileiro). Os protestos ocorreram ainda em Salvador, Curitiba, Maceió, no Mato Grosso, em Porto Alegre, reproduzindo-se por todo o país, já não apenas contra o aumento do passe, mas contra as condições de vida, de miséria e de arbitrariedade que um regime de “austeridade suave”, como o de Dilma e o de Cristina Kirchner produziram após a saída do FMI dos países. São regimes de injustiça contínua e prolongada, de poucos ou nenhuns e maus serviços públicos, de grande riqueza para pequeníssimas minorias e de grandes gastos públicos com inutilidades para a população, de que a Copa do Mundo é só o exemplo mais gritante. Os protestos continuam a ser marcados em sucessão, e hoje é esperado que o povo saia novamente à rua.
Hoje em Lisboa haverá uma concentração de apoio às manifestações no Brasil, em Lisboa às 17h no Largo Camões, frente ao Consulado do Brasil: aqui.







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